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“A história daqueles que deram origem ao 1º de maio deve nos inspirar”, afirma o presidente da CUT Brasília

“Hoje, não basta você cumprir com seus deveres para ter a garantia dos direitos. Pois o que estamos vendo, principalmente, com a nova legislação trabalhista, são convenções e acordos coletivos não sendo respeitados”, a fala do presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, foi explanada em sessão solene realizada nesta quinta (2), em comemoração ao Dia do Trabalhador.

A atividade foi  uma iniciativa do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que evidenciou a relevância do trabalhador para o país. “Nenhuma nação se sustenta e progride sem trabalhadores. Portanto, nada mais justo que homenagearmos os trabalhadores brasileiros. Que caminhemos juntos em uma agenda em prol do direito ao emprego e de melhores condições de trabalho”, disse.

Enquanto alguns palestrantes destacaram a importância da data, Britto ressaltou as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores no país, em virtude de projetos retrógrados, como a reforma trabalhista e a terceirização sem limites, aprovados na gestão Temer. “A forma de contratação que é feita pelas empresas burla as convenções que estão aí para regular a jornada de trabalho e a remuneração digna”, disse.

Britto destacou ainda que todas essas medidas vieram acrescidas da tentativa de enfraquecimento das entidades sindicais, maiores instrumentos de luta da classe trabalhadora. “Vemos que, muitas vezes, o nosso direito não é respeitado. Eu, por exemplo, que sou trabalhador bancário, estou tendo o meu direito de filiar ao meu sindicato desrespeitado. O banco fez o desconto sindical, mas não repassou para o sindicato, por conta da Medida Provisória 873”, afirmou.

A medida, à qual o presidente se refere, foi assinada por Bolsonaro em março, e diz respeito ao financiamento sindical. Pelo texto, sindicatos estariam impedidos de cobrar contribuição sindical em folha de pagamento, mesmo com autorização do trabalhador.

“Assim como querem enfraquecer os sindicatos, querem, também, enfraquecer, e até mesmo acabar, com a Justiça do Trabalho. Querem fazer com que fiquemos em uma situação onde não tenhamos condições de reivindicar os nossos direitos”, avaliou.

Por fim, Britto destacou que, para barrar todas essas medidas, bem como a reforma da Previdência, todos os trabalhadores irão paralisar suas atividades em 14 de junho, data convocada pela CUT e demais centrais para Greve Geral.

“Para combater a reforma da previdência, o desmonte das empresas públicas, e todo malefício e todo desrespeito às nossas convenções. A história de luta daqueles que deram origem ao 1º de maio servirá de exemplo para que a gente continue fazendo a luta da classe trabalhadora”, finalizou.

Fonte: CUT Brasília

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