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Peru: Última pesquisa antes do 2º turno indica vantagem de Castillo, com mais de 51% dos votos

Candidato de esquerda lidera no interior do país com 60,8% e 72,2% na área rural; 55% dos peruanos não votariam em Keiko Fujimori

Uma pesquisa produzida pelo Instituto Ipsos, a última realizada antes do segundo turno das eleições presidenciais no Peru, aponta que o candidato do partido Peru Livre, Pedro Castillo, lidera com 51,1% dos votos válidos, contra 48,9% de sua adversária do partido de extrema direita Força Popular, Keiko Fujimori. 

Divulgada pelo jornal peruano El Comercio, a pesquisa foi publicada neste domingo (30/05), uma semana antes dos peruanos voltarem às urnas, no dia 6 de junho. De acordo com a legislação peruana, nenhuma pesquisa de opinião é permitida na semana que antecede a votação. 

Considerando os votos brancos e nulos, a diferença entre os candidatos é de 2%: Castillo com 45,1% dos votos, e Keiko com 43,1%. O candidato de esquerda é natural de Cajamarca, zona rural peruana, e pesquisas já mostravam que ele é favorito no interior do país. Neste estudo, o sindicalista lidera na região, com 60,8% dos votos válidos, e na área rural, com 72,2%, enquanto Fujimori concentra sua preferência na capital e na região metropolitana, liderando em Lima com 67,2% dos votos válidos. 

A filha do ex-ditador Alberto Fujimori também acumula a maior rechaço popular: 55% dos entrevistados assegurou que jamais votaria em Keiko, enquanto 33% disse que não votaria em Castillo.

A candidata está encurtando a distância entre os dois para o segundo turno. Na primeira pesquisa feita pela Ipsos, Castillo angariava 42% das intenções de votos válidos, contra 31% de Keiko. Nesta, o número de votos brancos e nulos era de 11,8%.

O candidato do Peru Livre tem como principal proposta a reforma constitucional – uma reivindicação que motivou protestos em novembro de 2020 no país. “Respeitaremos a Constituição até que o povo decida através de um referendo”, declarou.

Já Keiko se apoia no legado do pai para vencer, defendendo a manutenção da estrutura do Estado como está. A atual Constituição foi promulgada em 1993, durante o regime fujimorista.

Fonte: Outras Palavras

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