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Militância quer combater a fome no DF e no Brasil

Por: Marina Maria

Em um momento em que mais de 30 milhões de brasileiras e brasileiros enfrentam a fome – fantasma que já havia sido erradicado da nossa sociedade e agora volta a assombrar um número cada vez maior de lares no país – é mais do que urgente entender como o Brasil retrocedeu a esse ponto e quais são as alternativas para acabar de vez com essa triste realidade. Por isso, a militância petista do DF se reuniu, na noite dessa terça-feira, para assistir ao documentário “Histórias da Fome no Brasil”, e debateu, com outros movimentos sociais, sobre estratégias para garantir a segurança alimentar no território nacional.

O filme traça uma linha temporal desde o Brasil colônia. Por meio de registros, entrevistas com sociólogos, historiadores e também com pessoas que viveram a dura realidade da negligência do Estado e puderam refazer suas vidas a partir de políticas públicas massificadas nos governos do ex-presidente Lula, mostra como o país da miséria saiu do Mapa da Fome da ONU, em 2014 e poderia voltar a integrar essa triste realidade na data de lançamento do documentário, que foi lançado no seguinte ao golpe contra Dilma. Essa hipótese – hoje concreta – baseia-se na aprovação de medidas como a Emenda Constitucional 95 e a Reforma Trabalhista, que jogou milhares de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros na informalidade.

A deputada Distrital Arlete Sampaio (PT-DF), que foi Secretária Executiva do Ministério do Desenvolvimento Social entre 2007 e 2010, esteve presente na atividade, explicou a estratégia dos programas de combate à fome no país, que tinham três pilares: a produção de alimentos, a transferência de renda e o aumento do poder de compra da população. Segundo ela, apenas com esse tripé, foi possível fazer as mudanças sociais que provocaram a maior mudança social da história do país.

Arlete citou ainda a pesquisa divulgada no Correio Braziliense que indica que Lula está à frente do atual presidente. “Nós em Brasília temos a responsabilidade de desconstruir essa narrativa que eles construíram anti-lulista e antipetista. A criminalização da política e os ataques sistemáticos ao nosso partido criaram Bolsonaro, que é o casamento da extrema direita e dos liberais”, afirmou a deputada.

A candidata a vice-governadora pela Federação Brasil da Esperança, Olgamir Amancia, também compartilhou uma importante reflexão. “É muito triste perceber o retorno dessa realidade, como foi mostrado no filme, independente da época, a fome é intencional e resultado das políticas aplicadas. Mas dito isso, também podemos perceber que há a intencionalidade inversa, que é a de promover a segurança alimentar para a população. Com a pandemia, todo esse descaso com a população veio à tona. Por isso, mais do que nunca,  precisamos lutar por um projeto de Brasil e de DF para todos”, afirmou.

No evento, também foram distribuídas as Propostas do Setorial de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) do PT para o programa de Governo do DF e a Carta sobre Segurança Alimentar e Nutricional para o Brasil. Ambos os documentos, abordam diretrizes em comum, como promoção e fortalecimento da alimentação escolar, incentivo a pequenos e médios agricultores e implementação de programas de distribuição de renda. 

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