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Ato na ponte Honestino Guimarães resgata memória e verdade

Na próxima segunda-feira, 27, a Secretaria de Direitos Humanos do PT/DF convoca os militantes para um ato na Ponte Honestino Guimarães, às 11h30. A manifestação busca lançar luz sobre a memória dos brasileiros e brasileiras que lutaram contra a ditadura, a violência, a tortura, as desigualdades e em defesa da democracia e da liberdade.

A escolha do local não foi aleatória: Honestino Guimarães foi líder estudantil e presidente da UNE, e, por sua luta, foi preso pela ditadura militar e assassinado em outubro de 1973, aos 26 anos. Isso ocorreu na entrada da Ponte que antes levava o nome do general que colocou o Brasil no período mais brutal da ditadura. Hoje, a ponte leva o nome de Honestino, mantendo vida a sua história e a sua luta.

Com a eleição de Lula, a sociedade brasileira vem retomando o caminho de reconstrução da memória e verdade das lutas do nosso povo contra o arbítrio.  Para isso, vem resgatando os instrumentos institucionais para retornar à tarefa de reconstruir e efetivar a Justiça de Transição. Um processo capaz de encerrar o luto e nos conduzir o Brasil à condição das nações que não se calam diante da barbárie dos assassinatos e dos desaparecimentos forçados.

Brasília se transforma de cenário golpe à cenário de resistência

A capital do Brasil, um dos cenários principais do golpe de estado de 1o de abril de 1964, viu interrompido, quatro anos depois de sua fundação, aquele impulso generoso que marcou os anos JK, para estabelecer no seu lugar, por mais de duas décadas, o reinado do terror de estado, da delação, da tortura e da perseguição política.

A UNB, onde estudava Honestino Guimarães, símbolo do pensamento universalista, que alimentou a construção da cidade foi invadida por forças repressivas no momento mesmo do golpe, no 1o de abril de 1964 e quatro anos depois com a imposição do AI-5, em 13 de dezembro de 1968.

A História não se detém. Aqui estamos nós, sobreviventes e herdeiros das lutas de resistência contra as tiranias passadas  (1964-1988) e recentes (2016-2023) para afirmar a profunda vocação do nosso povo para a democracia e a liberdade.

Para que a gente não se esqueça. Para que nunca mais aconteça!     

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