Metrô deixou de investir R$ 111 milhões em manutenção entre 2018 e 2020

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) deixou de aplicar R$ 111.556.732,23 na manutenção de trens e trilhos entre 2018 e 2020. Segundo levantamento no Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo), a dotação orçamentária autorizada da estatal no período era de R$ 473.669.809,00, mas o gasto efetivo, também conhecido como empenho liquidado, foi de R$ 362.113.076,77.

Em 2018, foram gastos R$ 118 milhões. Ao final de 2019, o desembolso chegou a R$ 125 milhões. No decorrer de 2020, houve redução para R$ 117 milhões. Ou seja, R$ 8 milhões a menos para a manutenção do Metrô-DF. Para 2021, a dotação autorizada é de R$ 136.758.947,00. Entre 1º janeiro e 15 de setembro, o empenho liquidado bateu a marca de R$ 77.571.237,64.

O Siggo apresenta os gastos públicos em três itens: dotação autorizada, empenho e empenho liquidado. O primeiro aponta os recursos previstos. O segundo, a autorização. E o terceiro, o gasto efetivo.

Veja a pesquisa do Siggo sobre a manutenção do Metrô-DF:

Siggo

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Material cedido ao Metrópoles

Siggo

Cálculos anual e mensal:

A Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) diminuiu gastos na manutenção do sistema. Entre 2018 e 2020, a estatal deixou de destinar R$ 111 milhões para a preservação dos trilhos.
Os gastos estão cada no cálculo anual e mensal. Entenda

Na noite de segunda-feira (13/9), um vagão de Metrô descarrilou. O incidente ocorreu entre as estações Galeria e Central, no coração de Brasília. Havia passageiros dentro do vagão. Alguns deles contaram ter vivenciado momentos de terror.

Greve e privatização

Funcionários do Metrô estão de greve há quase 150 dias. A paralisação vai completar cinco meses neste domingo (19/9). É a mais longa da história da companhia. Os empregados cobram a manutenção dos planos de saúde, vale-alimentação e pagamento da “quebra de caixa”. Nesse contexto, o serviço tem operado com menos trens, prejudicando o deslocamento dos passageiros.

“Os metroviários querem somente manter seus direitos, direitos esses que, inclusive, já fazem parte do orçamento, como plano de saúde e auxílio alimentação. No entanto, o governo e a direção da empresa empurraram a categoria para greve, com intuito de desmoralizar esses empregados perante a população”, afirma a diretora de comunicação do Sindicato, Meiry Rodrigues.

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