O PT deve pautar o debate no nosso Congresso Regional do DF em três eixos centrais:
- O PT deve ser oposição de verdade a Rollemberg
- O PT vai disputar 2018 com candidaturas próprias
- A unidade e a democracia interna é o que nos levará a novas vitórias
O PT deve ser verdadeiramente oposição ao governo Rolemberg
O PT precisa decidir definitivamente que é oposição ao governo de Rodrigo Rolemberg e passar a agir como tal em todas as suas frentes de atuação.
É preciso que o PT unifique suas bancadas distrital e federal com as direções partidárias numa única postura, com clareza de posições e com propostas objetivas para enfrentar o absoluto desgoverno do PSB e seus aliados.
Dentre as principais tarefas do Partido está a elaboração de um Plano de Apoio às ações dos movimentos sindical e social no enfrentamento das políticas de arrocho, anti-sociais e impopulares do atual governador.
O PT deve usar todos os meios disponíveis para concretizar esta oposição, especialmente as tribunas de seus parlamentares, a imprensa partidária e os diversos meios de comunicação com a sociedade. Deve denunciar o desmonte das políticas exitosas implementadas no governo petista e a irresponsável gestão adotada pelo governador de agora.
O Congresso Regional do PT deve aprovar com a mais absoluta clareza que não há espaço para dubiedades ou posturas vacilantes em relação ao atual governo e que todos os filiados, especialmente os dirigentes e parlamentares, devem estar submetidos à esta posição.
Com quem o PT deve articular as ações de oposição ao governo Rolemberg
O PT precisa qualificar sua oposição ao governo Rolemberg, não permitindo qualquer tipo de confusão entre nossas posturas e o oportunismo daqueles que ajudaram a eleger o atual governo, tiveram seus interesses contrariados e passaram a fazer oposição, de forma demagógica, como Celina Leão, Cristovam Buarque e Regufe.
Para que fique claro para a população a diferença entre a oposição que o PT faz daquela que os oportunistas fazem, o nosso Partido precisa dialogar com a população mostrando as diferenças de nosso governo para o atual.
Precisamos mostrar, especialmente, que muitas políticas, programas e ações implantados pelos diversos setores de nosso governo foram desmantelados, paralisados ou interrompidos definitivamente.
Num novo governo petista, além da retomada de projetos bem sucedidos, estaremos colocando o Distrito Federal na vanguarda da superação das desigualdades sociais, na implantação de políticas democráticas com total respeito aos cidadãos e suas diferenças e no protagonismo da construção de uma qualidade de vida para todos.
Para fazer este enfrentamento com Rolemberg vamos buscar construir ações com todos os segmentos dos movimentos sociais, com os partidos democráticos e de esquerda, com entidades representativas de diversos segmentos, dentre outros.
Com quem devemos nos aliar no Distrito Federal
O PT no Distrito Federal deve ter claro que suas alianças devem ser feitas com referencia nas lutas sociais dos trabalhadores e do povo brasiliense em geral.
A defesa da boa qualidade dos serviços públicos para toda a população com a valorização e o respeito aos servidores é ponto fundamental nas nossas posições e parâmetro basilar para a formação de nossas alianças.
Nossa principal aliança política deve ser feita com os movimentos sociais, que defendem os interesses da maioria da população e que sustentam a democracia nas relações institucionais.
Nossa aliança partidária e eleitoral deve incluir todos os partidos e setores políticos que tenham como princípio a defesa da democracia e da soberania da vontade popular. Os partidos do campo da esquerda e do campo democrático e popular devem ser nossos aliados fundamentais para a caminhada política de enfrentamento dos governos Rolemberg e Temer e também para nossas disputas eleitorais do próximo ano.
Estes diálogos e articulações, que tem sido feitos pela atual direção, devem ser aprofundados para que o embate político e ideológico seja permanente, a fim de possibilitar que o processo eleitoral seja resultado do crescimento do nível de consciência e de participação cidadã da população brasiliense.
Articular a oposição a Rolemberg e a Temer
O PT do Distrito Federal precisa articular em conjunto com outros partidos e com os movimentos sociais uma vigorosa oposição às reformas do governo do PSDB, PMDB e DEM, coordenado por Temer.
Somente com uma forte mobilização popular, que só virá com enfrentamentos políticos permanentes, será possível derrotar a pauta anti-popular e anti-social do governo ilegítimo.
O governo Temer conta com o apoio do governador Rolemberg, que replica aqui, praticamente todas as políticas nacionais.
O PT deve articular a oposição e o enfrentamento dos dois governos, denunciando o conluio entre eles, e demonstrando para os trabalhadores e a população em geral, o quanto Temer e Rolemberg significam de atraso e retrocesso para nosso país e para o Distrito Federal.
O PT deve ter candidatura ao governo em 2018
O PT terá candidatura ao governo do Distrito Federal no próximo ano. Esta deve ser a mais forte afirmação que nossos filiados devem fazer no PED e no Congresso do Partido.
Desde a sua fundação o PT sempre teve candidatura ao governo, cumprindo as mais diversas tarefas e missões.
Nossas candidaturas já serviram para implantar o Partido, quando muitos duvidavam de sua força; já serviram para ajudar as candidaturas presidenciais, especialmente de Lula; bem como já serviram para ganhar o governo e implantar políticas sociais avançadas.
Em todas as eleições, as candidaturas ao governo ajudaram a eleger fortes bancadas de parlamentares.
Neste momento de dificuldades e de profunda crise que enfrentamos, não podemos vacilar e duvidar de nossa força. O PT precisa ter candidatura a governador para defender nossos governos naquilo que construíram de positivo, para defender nosso projeto nacional e para ajudar Lula a vencer a eleição presidencial.
Ninguém pode duvidar da capacidade de superação da militância petista. Ninguém deve apostar que neste momento de dificuldades a melhor solução é o PT se acovardar e deixar de defender as suas realizações. O PT não pode ter medo de fazer autocrítica e reconhecer que cometeu erros e equívocos. Mas, é fácil demonstrar que no balanço de erros e acertos, os pontos positivos são infinitamente maiores.
O PT deve aprovar no Congresso regional que terá um nome para disputar e vencer as eleições para o governo do Distrito Federal em 2.018.
Alem da candidatura ao governo, o PT também terá candidaturas ao Senado, já que temos nomes com qualidade e em quantidade suficientes para apresentarmos para a sociedade de Brasília.
O PT deve começar a se preparar para o processo de 2018 desde já
O PT deve começar a se preparar desde já para as disputas eleitorais do próximo ano. Todos os setores da política local já estão se movimentado e articulando alianças para o processo eleitoral.
Não precisamos adotar as mesmas praticas, nem mesmo assumir os calendários de nossos adversários. Mas, é fundamental para nosso projeto ser competitivo e se consagrar vitorioso, que tenhamos uma boa organização e que nos preparemos adequadamente para os difíceis embates que vamos enfrentar.
Precisamos começar a dialogar com nossas lideranças dos movimentos sociais e regionais sobre as possibilidades de candidaturas aos cargos proporcionais e preparar uma lista de fortes candidaturas para a Camara Legislativa e para a Camara Federal.
Precisamos, também, preparar nosso projeto de governo, formatando um programa que demonstre para a população que podemos fazer melhor do que já fizemos em outros governos petistas e que, com a participação popular desde o inicio, o programa refletirá as necessidades, os desejos e os sonhos do nosso povo. Esta tarefa deve ser desempenhada especialmente pelo setoriais do Partido, que podem dialogar com os segmentos da sociedade de forma qualificada. A preparação do PT para o processo eleitoral deve envolver toda a militância partidária em todas as cidades.
O PT não deve repetir as experiências de importação de nomes de fora do Partido para candidaturas
O PT não deve, não precisa e não pode repetir a experiência de importação de nomes de fora do Partido para candidaturas. Isto nunca foi positivo para o PT. Não é necessário rememorar as experiências, muito menos fazer agora o balanço dos resultados delas.
Seja para candidaturas para a Camara Legislativa, para a Camara Federal ou para o Senado e o Governo, o PT tem nomes com legitimidade, capacidade, história nas lutas sociais e no Partido e com densidade eleitoral suficientes para vencer qualquer eleição.
É preciso superar as fases, quando as diferenças internas produziram nomes que até venceram eleições, mas que não construíram nada para o Partido. Em alguns casos, até ajudaram a destruir…
Não se trata de fazer balanços de acertos de contas, mas é necessário que a militância petista se posicione clara e firmemente, rechaçando qualquer proposta neste sentido. E que se combata as tentativas de transformar o PT em barriga de aluguel para lideranças que depois passem a atacar o Partido.
O PT não precisa disso! Os petistas não aceitarão isso!
A unidade deve nortear a formação das novas direções do PT
O PT precisa ter a mais absoluta unidade interna para conduzir nosso Partido para os desafios dos próximos períodos, especialmente para o enfrentamento com os governos Rolemberg e Temer.
Esta unidade pode sair das disputas naturais de um processo eleitoral e congressual interno, mas deve estar pautada num programa unitário que resgate a confiança dos trabalhadores e do povo em geral no nosso Partido.
Os constantes e brutais ataques desferidos pela direita e por todos os nossos adversários, somados aos nossos erros, produziram um efeito devastador em nossa credibilidade. É importante que o Partido tenha a capacidade de reconhecer publicamente que erramos, se desculpar pelos nossos erros, mas demonstrar com firmeza que estes erros são superados infinitamente pelos nossos acertos.
As próximas direções partidárias devem estar acima de nossas diferenças, sejam elas históricas ou conjunturais.
Estas novas direções devem assumir a responsabilidade de dialogar com os nossos filiados e os trazerem novamente para a militância cotidiana e para a defesa do nosso legado.
Também precisará ter a capacidade de dialogar com outras forças políticas e com a sociedade para construir alternativas de governos democráticos e populares, tanto no Distrito Federal quanto no Brasil.
A principal e mais importante característica dos novos dirigentes deve ser o compromisso com a unidade partidária e com a democracia interna, assegurando a participação da militância na tomada das decisões.
Nas zonais a tradição da disputa interna deve ceder lugar à inovação da construção da unidade.
As razões para estarmos juntos e unidos são muito maiores do que aquelas que nos separam. E a expectativa daqueles que acreditam no PT é que saibamos usar as nossas energias para superar as dificuldades e voltarmos a governar em prol do povo brasileiro.
O PT deve garantir a participação das bases militantes nas decisões partidárias
A participação das bases partidárias nas decisões do Partido é a segurança que nossos dirigentes e nossos representantes manterão coerência com as orientações de nossas instancias.
É preciso assegurar formas e meios que garantam que, nas decisões fundamentais para nosso partido, a militância possa ser ouvida e chamada a ajudar a decidir.
Com os meios contemporâneos de informação é muito fácil garantir que os filiados possam opinar e também decidir, usando, por exemplo, as redes sociais. Se o partido mantém redes de propaganda interna e de circulação de informações é fácil e necessário transformar estas redes em meios de participação decisória de nossa base partidária.
Alem de possibilitar que alguns assuntos contem com a participação dos militantes para decidir, é importante assegurar que haja plena circulação das informações e que estas redes também sejam usadas para formação política.
O Congresso partidário deve aprovar temas que devem ser submetidos para a militância decidir, especialmente no tocante à atuação de nossas direções e bancadas.
Inovar na organização e nas formas de decisão
Uma das formas de garantir a participação da base partidária nas decisões é inovar na forma de organização interna. Se no momento da fundação do PT, nós criamos os Núcleos de Base, que foram fundamentais para a consolidação e para o crescimento do Partido, agora podemos criar os Núcleos de Base Virtuais, onde nossos filiados possam se agrupar em grupos nas redes, debaterem e decidirem suas posições nas questões partidárias.
Já temos diversos destes grupos em funcionamento, que podem ser usados para debates mas, sobretudo, para decisões.
Este é apenas um dos exemplos que podemos adotar para nos aproximarmos da juventude, pródiga em inovar nas formas de comunicação.
Não há possibilidade do Partido se renovar se não ousar em renovar seus métodos e sua organização.
A responsabilidade das novas gestões
Um dos grandes desafios das novas direções partidárias será a formatação de um pacto interno pelo funcionamento efetivo das instâncias partidárias. É necessário que a montagem de direções do Partido, em especial as comissões executivas em todos os níveis, tenham como referência o compromisso pelo funcionamento pleno de suas funções. Todos os dirigentes devem cumprir com suas atribuições e terem responsabilidade com o funcionamento regular das instancias de direção partidária. Isto deve ser aplicado a todos, mas, sobretudo e em especial, às secretarias internas, que têm papel fundamental para as lutas do Partido no campo social. O 6o. Congresso Regional deve garantir a substituição daqueles dirigentes que não cumprirem adequadamente suas tarefas, de forma a assegurar que o Partido cumpra com a função de ser o legítimo instrumento de luta dos trabalhadores brasileiros.
Resgatar a confiança para reconstruir a esperança
O 6o. Congresso do PT deve servir para reforçar nossa unidade, preparar nossas direções, nossas bancadas e nossos militantes para os desafios dos próximos períodos! É necessário orientar nossos passos para a retomada dos governos local e nacional, voltar a melhorar a vida dos trabalhadores e da população em geral.
Para que tenhamos condições de cumprir com estas orientações precisamos ter coragem de fazer uma profunda autocrítica de nossos erros e de nossas limitações para dialogar com aqueles que foram nossos eleitores, nossos apoiadores e que depositaram confiança em nós.
Nos períodos que governamos o Brasil e o Distrito Federal promovemos profundas mudanças que melhoraram a vida de nosso povo.
Quando promovemos qualquer balanço de nossos acertos e erros é fácil demonstrar que aquilo que construímos é muito mais importante do que nossos equívocos.
Agora, com o 6o. Congresso, vamos mostrar que somos capazes de superar, mais uma vez, nossas dificuldades e resgatar a confiança que este país já depositou em nós.
Ao resgatarmos a confiança das pessoas seremos capazes de reconstruir a esperança que um dia venceu o medo e transformou em realidade o sonho de milhões de pessoas em ter um país melhor para viver.
Este é o nosso desafio!
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