Por Ricardo Vale e Fernando Djavan*
Segundo dados do Observatório Itaú Cultural, a economia criativa representa 3,1% do PIB brasileiro, emprega 7% da classe trabalhadora no país e movimentou R$ 230,1 bilhões até 2020, crescendo 78% desde 2012, enquanto o crescimento econômico acumulado foi de 55%, deixando para trás a poderosa indústria automotiva, o que demonstra que o setor pode ser um importante motor de geração de emprego, renda e desenvolvimento para o DF e o Brasil.
Desta forma, vê-se que o investimento em economia criativa, que envolve desde artesanato até projetos editoriais, precisa ser alavancado no Brasil, com indução estratégica do Estado.
O mundo vive a nova economia, com protagonismo das camadas populares e médias, democratizando oportunidades e renda. Mas, no Brasil, é preciso disputar os rumos desse processo, que deve beneficiar a cidadania, não somente às elites capazes de investirem em seus próprios negócios.
Enquanto o governo do presidente Lula discute um novo “plano safra” para o agronegócio e para a indústria, a economia criativa tem pouco apoio do Poder Público.
É urgente que o Ministério da Cultura e o da Fazenda se dediquem, com participação da sociedade, a elaborar um autêntico “plano safra” para a economia criativa, impulsionando milhões de empreendedores populares, gerando emprego, renda e inovação que o Brasil tanto precisa para se desenvolver.
No DF, o governo Ibaneis Rocha deixou a economia criativa de mãos abanando, cancelando o financiamento das festas populares de Carnaval, um dos maiores do país, promovendo o empobrecimento econômico e cultural da comunidade Brasiliense.
Vamos juntos na luta, por uma economia criativa, que leve desenvolvimento efetivo para o DF e o Brasil.
*Ricardo Vale é vice-presidente da Câmara Legislativa do DF e Fernando Djavan é vice-presidente do PT-DF.