Para tentar ganhar as eleições, Bolsonaro rifou o país e armou uma bomba relógio para a próxima gestão: a desoneração dos combustíveis, ou seja, a retirada dos impostos sobre gasolina, álcool e diesel. A medida desesperada foi tomada para forçar a redução do preço dos combustíveis – que chegaram a custar R$ 10 o litro em meados do ano passado – e tentar reverter a insatisfação popular com a medida. Uma medida eleitoreira que valia apenas até o final de 2022 e abriria um verdadeiro rombo nos cofres públicos.
Apesar de mais uma irresponsabilidade do governo anterior, Lula foi eleito pela maior parte dos brasileiros e precisou desfazer a medida antes que ela gerasse ainda mais problemas para o Brasil. Isso porque os impostos sobre os combustíveis financiam uma série de políticas públicas, como saúde, educação, entre outras.
Junto ao ministro Haddad e ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, Lula conseguiu voltar a cobrança dos impostos sobre o combustível aumentando o mínimo possível o preço para o consumidor. Uma ação que aliou responsabilidade fiscal sem que o PT deixasse de lado seu compromisso com a classe trabalhadora.
O que o governo Lula fez
A reoneração, ou seja, a volta da cobrança de impostos sobre o preço dos combustíveis será progressiva. Ao invés de voltar a cobrar 69 centavos de imposto sobre o litro da gasolina e 24 centavos sobre o litro do etanol, serão cobrados 47 centavos na gasolina e 2 centavos no etanol.
No mesmo sentido, o governo conseguiu que a Petrobras conseguisse uma redução de 13 centavos no preço da gasolina, fazendo com que o aumento nesse combustível seja de 34 centavos. Do mesmo modo, houve a redução de 8 centavos no preço do diesel, que seguirá com o imposto zero. O etanol subirá apenas 2 centavos por litro.