“Esse desnecessário passeio de veículos militares pela Esplanada é uma provocação e tem cara de ameaça”, diz o governador Flávio Dino
Jair Bolsonaro pretende liderar um desfile com “um comboio de veículos blindados, incluindo tanques de guerra e lança-mísseis”, na manhã de terça-feira (10), quando, segundo o site UOL, a Câmara deve ser reunir para votar a PEC do voto impresso, por ordem do presidente da Casa, Arthur Lira.
A jornalista Thaís Oyama, responsável pela informação no UOL, chamou a ideia de Bolsonaro de “demonstração de força” e exibição de “músculos”. “Quem tinha esperanças de que Jair Bolsonaro fosse baixar o tom pode perdê-las agora”, afirmou.
O governador do Maranhão Flávio Dino (PSB) chamou o passeio de ameaça. “Esse desnecessário passeio de veículos militares pela Esplanada é uma provocação e tem cara de ameaça. Evento deverá ser cancelado. Nação precisa de serenidade e paz”, comentou no Twitter.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT) também reagiu na rede social. “Não nos intimida”, escreveu.
Segundo a colunista, oficialmente, o desfile é motivado pela entrega a Bolsonaro de um convite para assistir ao “maior treinamento militar da Marinha no Planalto Central”, com participação inédita do Exército e da Aeronáutica.
A investida de Bolsonaro ocorre em meio a uma crise com o Poder Judiciário. Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, cancelou reuniões com o extremista de direita, após ataques sofridos principalmente pelo ministro Luis Roberto Barroso. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Barroso virou o saco de porradas preferido de Bolsonaro, após travar uma guerra em defesa da segurança da urna eletrônica. No TSE, há pelo menos seis ações que podem levar à cassação de Bolsonaro.
GGN