Professora da UnB é eleita para integrar Academia de Ciências dos Estados Unidos

Mercedes Bustamante atua no Departamento de Ecologia da universidade. Sociedade sem fins lucrativos reúnes estudiosos ilustres de diversos países e foi fundada por ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln.

A professora do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Mercedes Bustamante foi eleita para integrar a Academia de Ciências dos Estados Unidos (US National Academy of Sciences – NAS), sociedade privada sem fins lucrativos que reúne estudiosos ilustres de vários países.

O grupo foi fundado pelo ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln e teve, ao longo da história, 2,9 mil membros – 2,5 mil dos EUA e 500 internacionais. Entre os eleitos, 190 já foram ganhadores de prêmios Nobel.

“Sim, a eleição foi uma surpresa, mas que veio em um momento em que esse estímulo é muito necessário. A eleição abre possibilidade de ampliar a cooperação científica internacional e contribuir para debates importantes de política científica, relevantes para nossas instituições”, afirma a professora, em entrevista divulgada pela UnB.

A eleição de novos membros da academia ocorre anualmente e representa o reconhecimento por pesquisas científicas originais. Segundo a universidade, a professora Mercedes é referência no estudo do Cerrado e de mudanças ambientais globais.

No ano passado, ela foi uma das pesquisadoras mais citadas no mundo, segundo o site Web of Science, sendo referenciada em trabalhos de 6.389 cientistas, de mais de 60 países.

Além da nova conquista, a professora também integra a Academia Brasileira de Ciências, a Academia Mundial de Ciências e recebeu, em 2018, a Ordem Nacional do Mérito Científico, condecoração máxima do país a profissionais com contribuições relevantes à ciência.

“O mérito não é individual, é realmente coletivo e contar com um espaço que incentiva a pesquisa, o ensino de alto nível e a pós-graduação foi central para que as colaborações pudessem avançar. Eu espero que isso seja um estímulo para nossos jovens pesquisadores mesmo diante das tantas incertezas que, atualmente, fragilizam as áreas de educação e ciência no Brasil”, afirma.

Fonte: G1

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