Nesta quarta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, o movimento sindical de todo o planeta se lançou à campanha pela quebra das patentes da vacina contra o novo coronavírus. A data também é momento para as centrais sindicais denunciarem todo tipo de injustiça social e trabalhista que levam centenas de milhares de trabalhadores à invalidez e até à morte.
Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 2 milhões de pessoas morrem por ano por conta de doenças ocupacionais no mundo, e o número de acidentes de trabalho fatais chega a 321 mil anualmente.
Além disso, a cada 15 segundos, um trabalhador morre por conta de uma doença relacionada ao trabalho no mundo. As estatísticas da OIT também colocam o Brasil como 4º colocado no ranking mundial de acidentes fatais de trabalhadores, com quase 4 mil mortes anuais em decorrência desse tipo de acidente, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Rússia.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem revelado, diariamente, que o número de mortes de trabalhadores e outros problemas de saúde decorrentes da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, é assustador.
Tem denunciado não só a política do governo Jair Bolsonaro de não investimento o dinheiro público do Orçamento do Estado no combate à pandemia e muito menos ainda no Sistema Único de Saúde (SUS) e na compra das vacinas, mas também o fato de que as grandes empresas multinacionais do ramo farmacêutico têm tratado as vacinas contra a Covid-19 como commodities.
“Isso significa que são elas que decidem os preços, os prazos e as condições de entrega dos imunizantes tão necessários e vitais nessa crise que o mundo atravessa. A mercantilização da vacina é o principal motivo que tem dificultado, consideravelmente, o combate ao novo coronavírus no mundo”, afirma Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT Distrito Federal.
Nesta quarta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, o episódio do programa CUT-DF Entrevista entrevistou Antônio Lisboa Amâncio Vale, secretário de Relações Internacionais da CUT Brasil e membro do Conselho de Administração da OIT, sobre a urgência da quebra de patentes das vacinas para democratização do acesso aos imunizantes.
“O movimento sindical internacional e a própria Confederação Internacional Sindical, mas, especialmente um grupo de centrais sindicais do mundo, levou à CSI uma proposta de transformar o dia 7 de abril em um Dia Mundial pela Democratização das Vacinas. Um dia mundial: vacinas para todos. E, um dia mundial pela quebra das patentes”, informa Lisboa.
Ele observa que, para conter a pandemia, os cientistas dizem que é preciso vacinar a grande maioria da população, mais de 70%. “A pandemia é um problema sanitário e social e, num mundo globalizado, se não se enfrentar de forma globalizada o problema, ele não será resolvido”.
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