Nota Pública: Trágico momento da pandemia

O Setorial de Saúde do PT DF vem a público se solidarizar com a população do DF neste trágico momento da pandemia do coronavírus. Denunciamos os desmandos e irregularidades do governo Ibaneis e exigimos que o GDF adote medidas efetivas de combate e controle da COVID 19, rompendo sua paralisia e omissão. Convocamos toda população para um amplo movimento de unidade, com o objetivo de salvar vidas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o início da Pandemia do COVID-19 tem emitido Notas Técnicas no sentido de orientar os governos acerca da melhor forma de prevenção contra o vírus. Medidas que incluem: isolamento social, uso de máscaras, lavar as mãos ou usar álcool 70%, vacinar a população, estão na essência do combate ao vírus.

Para que possa ocorrer uma eventual flexibilização de tais medidas deve-se obrigatoriamente considerar: transmissão do vírus controlada, sistema de saúde com a capacidade de detectar, testar, isolar e tratar todas as pessoas com coronavírus e os seus contatos mais próximos; controle de surtos em locais especiais, como instalações hospitalares; medidas preventivas de controle em ambientes de trabalho, escolas e outros lugares onde as pessoas precisam ir; manejo adequado de possíveis novos casos importados; comunidade informada e engajada com as medidas de higiene e as novas
normas.

No Brasil, o desgoverno Bolsonaro desde o início da Pandemia desdenha das medidas da OMS, se recusa a organizar a Coordenação Federativa da pandemia através do Ministério da Saúde e dificulta as ações de Estados e Municípios. Ainda mais grave, mostrando seu total descompromisso com a vida, divulga de forma irresponsável medidas não comprovadas cientificamente, confundido a população. As consequências desses atos irresponsáveis: o aumento de casos e mortes, por COVID-19.


O nosso Programa Nacional de Vacinação – PNI referência mundial durante décadas foi desestruturado em sua política, seus quadros e sua logística. Tudo sob o comando de um Ministro da Saúde irresponsável que não tem conhecimento sobre o SUS, não consegue sequer adquirir seringas e agulhas e desde o início e se recusou a iniciar a negociação para
a aquisição de vacinas.

A observação sobre a pandemia desnuda o quanto ela agrava as desigualdades estruturais existentes no Brasil e o descaso escancarado da falta de gestão do desgoverno federal, o que confirma que vidas e fome não importam.

Há uma clara similitude entre o perfil e a política imposta pelo governo federal com a do governador Ibaneis. Um bom exemplo é a concepção que ambos os governantes têm sobre a chamada” imunidade de rebanho”, ou seja, quanto mais o vírus atingir a população mais rápido a Pandemia vai passar.

Nesta mesma direção, ambos trabalham com a lógica de opor as medidas de saúde à economia e desta forma justificar a retomada de determinadas atividades econômicas em favor, sobretudo, do grande capital. Com uso de decisões contraditórias, sem considerar critérios científicos já mencionados, o governador navega com idas e vindas, perante pressões do poder econômico.

O governo não leva em consideração o que está dando certo no restante do mundo, não acata as orientações da OMS, o que em última análise, colabora com a disseminação do vírus no lugar de buscar se unir com outros estados da Federação para conseguir comprar vacinas para todos e salvar vidas.

Esta é uma situação trágica porque, se não há medidas corretas continuaremos a vivenciar o fortalecimento da crise, a desassistência das pessoas e famílias e a perda cada vez maior de vidas agravadas pelas novas variantes que, segundo estudos já possuem poder de contaminação 10 vezes maior que a primeira cepa do vírus.

Somos obrigados a vivenciar a crise sanitária atual, após 12 meses de pandemia, mesmo sabendo que se o compromisso e a ação pública do governador fossem realmente para o bem estar da população, com a dignidade humana, estaríamos em outra situação, e não no iminente colapso do Sistema de Saúde frente à lotação de praticamente 100% dos leitos de UTI e ao elevado índice de disseminação diário do novo coronavírus.

Enquanto gestores públicos de outros estados estão focados nas medidas que possam salvar vidas, de enfrentamento ao vírus, lutando pela aquisição de doses de vacina, procurando o diálogo e a conscientização da população em relação às medidas necessárias ao combate do coronavírus, o governador do DF está nas páginas dos jornais sendo denunciado por negociatas. Ao invés de uma ação governamental eficiente e coesa, observamos atônitos inúmeras irregularidades na gestão da saúde pública do DF. Recentemente, tivemos o desprazer de termos toda a cúpula da Secretaria de Saúde sendo presa durante a pandemia na Operação Falso Negativo.

Agora as denúncias envolvendo o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF – IGESDF com uso indevido do cartão corporativo, demonstrando total falta de organização e planejamento em questões básicas, além dos altos salários dos cargos indicados e a falta constante de medicamentos para a Oncologia e Hemodiálise, entre outros. A indicação do quarto presidente para o Instituto, confirma o que o Partido dos Trabalhadores alertou à época da criação do IGESDF que seria uma medida trágica na saúde.

Para agravar a situação, ocorrem as denúncias que apontam a promiscuidade entre o público e o privado no atual governo, indicando que empréstimos milionários foram feitos com empresários à custa de benefícios via precatórios públicos e até o descaramento sem precedentes de mobilizar recursos via BRB para financiar um time de futebol da capital carioca. Todas estas situações acontecem quando mais necessitamos de investimento nas políticas públicas para o enfrentamento da pandemia.


Somente com medidas sanitárias corretas, referenciadas na ciência será possível vencer a batalha contra a COVID-19. É com a população saudável e protegida que as atividades econômicas serão potencializadas.


Face ao quadro atual, a decretação do lockdown se faz necessária perante a falta de UTIs e até mesmo acomodações para internação de pacientes com sintomas moderados e graves. Os critérios indicados pela OMS para eventuais flexibilizações não estão dados e devem ser nossos referenciais. Manter o distanciamento social, lavar as mãos ou usar o álcool 70% e fazer o uso de máscara continuam sendo medidas fundamentais para redução
do número de casos e óbitos.

A aquisição urgente de vacinas e a seriedade com seu uso são tarefas imediatas para o GDF. É fundamental que o governo Ibaneis compreenda isto e se junte ao esforço coletivo de outros governadores para comprar vacinas para todos, medida essencial e que definitivamente possibilitará a volta da normalidade em nossa cidade.


Chega da paralisia do governo Ibaneis em ficar esperando vacinas do desorganizado e incompetente Ministro da Saúde. Chega de passividade e falta de compromisso com a vida. Pela compra imediata de vacinas pelo GDF.


Vacinas para todos e todas já!

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