A pandemia mantém um padrão de estabilidade com um número alto de óbitos e de casos por Covid-19, segundo o novo Boletim Observatório Fiocruz Covid-19 (estudo feito de 9 a 15 de agosto e de 16 a 22 do mesmo mês), que será divulgado hoje. O boletim mostra que o Brasil está apresentando uma média de mil mortes por dia pela doença e cerca de 40 mil registros de ocorrências diárias, além de uma forte flutuação dos indicadores nessas duas semanas.
É assim: enquanto alguns registraram tendência de queda no número de casos (Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe) e de óbitos (Ceará e Sergipe), em outros a situação é preocupante.
O estudo mostra que o nosso Rio e o Distrito Federal, por exemplo, há “propensão de aumento no número de casos”. No Distrito Federal, houve um alta taxa de incidência nas duas últimas semanas. Já o Centro-Oeste segue como a região com maiores taxas de incidência e de mortalidade.
Quanto à disponibilidade de leitos, dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde indicam que – entre 10 de julho e 24 de agosto -houve pequenos incrementos na oferta de leitos de UTI Covid-19 para adultos por 10 mil habitantes no Acre, Roraima, Amapá, Tocantins, Rio Grande do Norte, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal.
Enquanto as taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos saíram da zona de alerta crítico para a de alerta intermediário em Tocantins, Santa Catarina e no Distrito Federal, em outras regiões (Acre, Sergipe, Bahia e Mato Grosso do Sul) passaram da zona de alerta intermediário para fora da zona de alerta.
O boletim mostrará ainda que no total, 13 estados estão fora da zona de alerta e11 e o Distrito Federal se encontram na zona crítica intermediária. O estado de Goiás se mantém na zona de alerta crítico e o município do Rio em alerta intermediário, com crescimento de 63% para 68%. Já os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave, nas últimas duas semanas, apontam taxas de incidência ainda bastante altas nos estados e regiões. Em Rondônia, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal a taxa é superior a dez casos por 100 mil habitantes. O Amapá, Rondônia, Tocantins, Paraíba e Alagoas apresentaram crescimento do número de casos de SRAG nas últimas semanas analisadas (InfoGripe).