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Marcha pela descriminalização do aborto marca abertura do Festival Pela Vida das Mulheres

Mulheres de todo Brasil caminharão do Museu Nacional da República até o Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (3) para exigir a descriminalização do aborto no Brasil e a consequente coibição da morte de mulheres. A atividade marca a abertura do Festival Pela Vida das Mulheres, que acontece até o dia 6, no Museu. A marcha começa às 17h.

Articulada por cerca de 200 organizações feministas e entidades que atuam nas pautas dos direitos humanos, o Festival Pela Vida das Mulheres mobiliza a sociedade para acompanhar as audiências públicas que debaterão a ADPF 442 no STF, e serão realizadas nos mesmos dias do festival. A Ação Pela Vida das mulheres foi protocolada no ano passado no Supremo e pede que não seja crime o aborto até 12 semanas de gestação – em qualquer situação. Isso porque, com a criminalização do aborto imposta pelo Código Penal, escrito em 1940, estão sendo negados à mulher os direitos à liberdade, à dignidade, ao planejamento familiar, à cidadania e o de não ser torturada, presentes na Constituição de 1988.

O Festival terá uma vasta programação, com diversas atrações que ocorrerão ao longo dos três dias. Rodas de conversa, espaços de acolhimento, oficinas, manifestações culturais e artísticas, projeção da audiência ao vivo e shows comporão a agenda de mobilização das feministas.

Morte por aborto clandestino tem cor e classe social

De acordo com dados levantados pelas organizações feministas e de saúde pública, a cada um minuto, uma mulher pratica aborto no Brasil. A maioria (60%), são jovens de 18 a 29 anos. Ao completar 40 anos, uma em cada cinco mulheres já abortou em nosso país. Dessas, 88% declararam ter algum tipo de religião. E a cada dois dias, uma mulher morre por causa desse procedimento atualmente ilegal.

Os números são altos e nos mostram que a criminalização não impede a mulher de interromper a gravidez indesejada, mas apenas faz com que elas se submetam a procedimentos arriscados. E as principais vítimas são mulheres pobres e negras.

Fonte: CUT Brasília, com informações do SJPDF

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