A criação, pelo Governo do Distrito Federal, da Guarda Civil Distrital com um contingente de 2 mil cargos e o objetivo de proteger o patrimônio e edificações públicas foi alvo de críticas de deputados distritais na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (11). A matéria, proposta pela Secretaria de Segurança Pública do DF ao governador, ainda não foi encaminhada à Casa. Mesmo assim, a ideia não foi bem recebida.
Para a líder do Bloco Democracia e Resistência, Arlete Sampaio (PT), os recursos que seriam empregados nessa proposta, deveriam ser destinados ao fortalecimento das corporações que integram o sistema de segurança pública do DF – Polícia Militar, Bombeiros e Polícia Civil. “Estamos vivendo um tempo no qual se faz necessária a integração das forças de segurança”, defendeu, observando que um ônibus foi incendiado, ontem, no Sol Nascente, entre outras ações criminosas.
Seu colega de partido, Chico Vigilante (PT) lembrou que a implantação da Guarda Civil poderá causar o desemprego de milhares de trabalhadores que prestam serviço de segurança privada. “Se os guardas vão cuidar dos próprios do DF, como hospitais, escolas e outros prédios públicos, o que será feito dos vigilantes que atuam há tanto tempo”, indagou. O distrital sugeriu aos demais parlamentares que seja firmado um pacto pela rejeição da proposição. “Esse é um projeto maléfico, nocivo aos trabalhadores”, insistiu.
Já Robério Negreiros (PSD) chamou a atenção para a existência de legislação que regulamentou a profissão de vigilante na década de 1980. “Se a matéria chegar ao Legislativo, teremos de avaliá-lo com muita atenção”, prescreveu. A criação da Guarda Civil – cuja intenção foi divulgada em um site do próprio GDF –, na opinião do distrital, poderá “afrontar a categoria dos vigilantes e aumentar substancialmente o número de desempregados”.
Marco Túlio Alencar
Fotos; Figueiredo/CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa