Diz que governo não tem votos. São necessários ao menos 308
O líder dos partidos de oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que as siglas não aceitarão 1 acordo que pedia a desistência da obstrução (manobras regimentais utilizadas para atrasar sessões) em troca do adiamento do início da votação desta 3ª feira (9.jul.2019) para 4ª feira (10.jul.2019).
“Nós vamos apresentar os requerimentos de obstrução porque nós entendemos que, ao fazer a obstrução, nós obrigaremos a presença no plenário dos deputados em princípio favoráveis à PEC [Proposta de Emenda à Constituição] e, com isso, nós poderemos convencê-los a votar contra essa proposta que nós consideramos muito prejudicial”, declarou depois de reunião com PT, PC do B, Psol e Rede.
A deputada disse ainda que a bancada feminina não quer votar uma “série de itens do texto”. O deputado Zé Guimarães (PT-CE) fez coro à Jandira e afirmou que a bancada evangélica está contra as regras propostas para as pensões por morte. Segundo ele, “a questão da pensão por morte traz 1 princípio que é vida. É a questão que está na bíblia deles pelo que eles falam conosco”.
Guimarães reforça ainda que o governo tem apenas 281 votos para aprovar a reforma, de acordo com seu levantamento. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estima que o Palácio do Planalto tem cerca de 330 votos a favor do projeto. São necessários pelo menos 308 em 2 turnos de votação. Entenda a tramitação aqui.
“Como o governo não tem nem os 281 votos, nós vamos para uma obstrução para obrigar o governo a ter que arrumar voto que ele não tem. Nós teremos pelo menos 72h de grandes tempestades aqui no plenário Ulysses Guimarães”, concluiu.
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