Ao abrir a etapa estadual do V Congresso Nacional do PT, na sexta-feira (22), no auditório da Câmara Legislativa do DF, o ministro das comunicações, Ricardo Berzoini, lembrou do cerco que o partido vem sofrendo desde o episódio que a grande imprensa passou a chamar de mensalão, iniciado em 2005, e que se prolanga até agora com a crise da Petrobrás e a derrota da direita nas eleições de 2014.
Ele disse que o momento vivido pelo PT é reflexo de três crises: ética, econômica e política e que para sair dessas crises “precisamos de paciência, persistência e solidariedade entre os militantes”. Às reações negativas ao reajuste fiscal que vêm sendo demonstrada por alguns setores do partido, Berzoini avisou que não existe “pacote do Levy”. “O ajuste é da presidenta Dilma, portanto do nosso governo”, enfatizou.
No sábado (23), o encontro teve continuidade com a etapa livre que teve como palestrantes o ex-ministro das cidades, Olívio Dutra, e a deputada federal Erika Kokay. À tarde, foram apresentadas as teses nacionais e discutidos os encaminhamentos e as resoluções. O ponto mais polêmico das discussões foi a continuidade ou não do PED, mas como o encontro não tinha caráter deliberativo não chegou a haver votação para decidir o impasse.
RESOLUÇÕES E MOÇÃO
Publicamos abaixo as duas resoluções e uma moção encaminhadas à segunda etapa do V Congresso Nacional do PT realizada no DF.
RESOLUÇÃO 1
A segunda etapa regional DF, do V Congresso Nacional do PT, orienta a sua militância a aderir à PARALIZAÇÃO NACIONAL DO DIA 29 DE MAIO DE 2015, em defesa dos direitos e da democracia, convocada pela CUT e demais Centrais Sindicais, movimentos sociais e populares organizados.
RESOLUÇÃO 2
O PT DF apoia e orienta seus militantes a participarem do Ato Contra a PEC 352, da corrupção, convocado pela CUT e movimentos sociais para o dia 26 de maio de 2015, em frente ao Congresso Nacional. O PT DF reafirma a sua posição em defesa do financiamento público de campanhas eleitorais, do voto em lista e da participação feminina na politica. Não ao financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Nem voto distrital, nem distritão. Todo apoio à luta pela Constituinte Exclusiva do Sistema Politico.
MOÇÃO DE APOIO À VENEZUELA
O PT DF apoia a campanha “Obama revogue o decreto”, em que o presidente dos EUA declara que a Venezuela seja uma ameaça à segurança nacional dos EUA. Por considerarmos ser este mais um ataque do imperialismo aos povos do continente, repudiamos tal atitude ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com o governo do presidente Maduro.