Criado em 2011 pela presidenta Dilma Rousseff, o plano tinha como objetivo superar a extrema pobreza no País até o final do ano passado. Neste período, 22 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no Brasil.
De acordo com metodologia do Banco Mundial, 8,35% dos brasileiros eram pobres crônicos em 2002. O percentual passou para 1,1%, em 2013. No Nordeste, quase 18% da população vivia na pobreza crônica. A taxa registrada 11 anos depois entre os nordestinos foi de 1,9%.
Segundo dados apresentados pela ministra nesta sexta, entre 2001 e 2014, 1,38 milhão de famílias foram incluídas no Cadastro Único pela Busca Ativa e saíram da extrema pobreza. Entre as metas para o período também constava a ampliação no número de matrículas no Programa Nacional do Ensino Técnico (Pronatec). A meta inicial era chegar a 1 milhão de matrículas, mas foram registradas 1,57 milhão.
Além disso, quase meio milhão de beneficiários do Bolsa Família se formalizaram como microempreendedores e 1,3 milhão tiveram acesso ao Microcrédito Produtivo Orientado. Ainda segundo o ministério, 358 mil famílias pobres recebem assistência técnica contratada pelo Brasil Sem Miséria, sendo que 54 mil são assentados da reforma agrária. A meta era atingir 250 mil famílias.
No âmbito do Água Para Todos, o governo federal entregou 782 mil cisternas entre 2011 e 2014. Tereza Campello ressaltou que, apenas em 2014, foram 300 mil cisternas, o correspondente a quase 1 mil por dia. Desde 2001, o governo entregou no total mais de 1,1 milhão de equipamentos.
“São 1,1 milhão de mulheres que não carregam mais baldes de água na cabeça”, disse a ministra.
Para Tereza, uma das principais metas futuras a serem atingidas pelo governo federal é ter escola em tempo integral para todas as crianças. Ela defendeu mais eficiência e crescimento dos esforços conjuntos para combater a miséria no Brasil.
“Agora nós temos um novo patamar no Brasil. Esse patamar foi estabelecido pela conquista de um grande esforço, que é a agenda do Brasil Sem Miséria”, afirmou Tereza.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome classificou o Brasil Sem Miséria como a maior iniciativa interministerial do governo. Segundo ela, 22 órgãos estão envolvidos no projeto.
“O Brasil Sem Miséria tinha 120 ações que foram organizadas inicialmente e depois outras ações foram incorporadas. O plano é muito mais que a continuidade de um ciclo de inclusão que tinha sido iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, explicou a ministra.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias.