Banner

Artistas, autoridades, militantes e membros da sociedade brasiliense declaram apoio à reeleição da presidenta Dilma

Artistas, parlamentares, secretários de governo, militantes e cidadãos discutem o apoio à Dilma Rousseff no segundo turno das eleições em encontro realizado nesta terça-feira (14) no auditório da Praça do Relógio, em Taguatinga.
Artistas, parlamentares, secretários de governo, militantes e cidadãos discutem o apoio à Dilma Rousseff no segundo turno das eleições em encontro realizado nesta terça-feira (14) no auditório da Praça do Relógio, em Taguatinga.

Centenas de apoiadores da reeleição da presidenta Dilma Rousseff no segundo turno das eleições se reuniram na noite desta terça-feira (14), no auditório da Praça do Relógio, em Taguatinga, para declarar apoio à candidata petista e discutir os avanços conquistados pelos governos Lula e Dilma nos diversos setores, como comunicação e cultura. Entre os participantes estavam o sociólogo e ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, o rapper Gog, os deputados distritais Arlete Sampaio (PT) e Joe Valle (PDT), além de artistas e membros da comunidade brasiliense.

Os presentes também debateram assuntos como os avanços sociais conquistados na gestão petista, as políticas de promoção da igualdade racial, de gênero, de educação, de ciência e tecnologia, da economia, do lazer, do esporte e de incentivo à cultura. Também foi discutida a abertura ao diálogo e da comunicação com o governo, assim como a ampliação da representação social no Brasil.

“Ontem, começou a Semana Nacional pela Democratização da Mídia, evento que se iniciou em 2003 por meio da mobilização dos movimentos sociais. E nós estamos discutindo questões como a garantia, construção de políticas públicas e de uma legislação que fortaleça justamente a questão da diversidade, da pluralidade, do exercício da nossa liberdade de expressão”, afirmou a jornalista Beatriz Barbosa, representante do Coletivo Intervozes e integrante do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação.

Segundo ela, em momentos de disputa polarizada, como no segundo turno da campanha eleitoral deste ano, “fica mais claro, mais explícito o quanto ainda há esta ausência de diversidade de vozes, de opiniões, que é histórica na sociedade brasileira”.

“A própria esquerda não conseguiu ainda enfrentar, nesses 12 anos de governo, este fator, que  é prejudicial não só para o processo eleitoral, mas também para a formação de qualquer valor e para a formação de ideias que a gente chama de disputa ‘de valores’ na nossa sociedade. Então, a gente vê hoje, em uma campanha eleitoral, a polarização enorme da sociedade. Um determinado discurso que ganha muito espaço nos meios de comunicação de massas e vários outros discursos que não conseguem encontrar nenhum espaço no rádio, na televisão, nos jornais e nas revistas – que são controlados por poucos grupos de comunicação e que, em muitas regiões do Brasil, são também controlados por poucas famílias”, afirmou.

Para o rapper Gog, a cultura “tem essa transversalidade da discussão dos problemas e das soluções”, o que, por meio do diálogo aberto entre o governo e a população brasileira, e também das políticas de incentivo à cultura estabelecidas pelos governos do PT, contribui para a democratização do acesso à cultura e para a diversificação das manifestações artísticas e sociais.

“O refundamento da Cultura dentro dessa nossa caminhada, depois de oito anos de governo Lula e de quatro anos de governo Dilma, é justamente fazer a inversão do encontro cultural, aquele visto como ‘um bom negócio’, para a cultura do encontro, que nos permite discutir e realizar profundas transformações em nosso país”, disse o rapper Gog.

“Nesse sentido, nós, do movimento social e do movimento cultural brasileiros queremos respeito e apoiamos a reeleição da presidenta Dilma Rousseff!”, defendeu o artista.

Dilma promoveu a inversão da lógica de prioridades

De acordo com o diretor da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (Minc), Pedro Vasconcellos, nesses últimos 12 anos, uma das marcas mais importantes que o governo do PT construiu na área da cultura foi uma lógica de inverter prioridades.

“Se antes o Estado brasileiro olhava para o setor cultural somente com uma lógica econômica de investimentos, de ganhar dinheiro com a cultura, é verdade que nesses 12 anos, o Ministério da Cultura e, consequentemente, um conjunto de outras instituições passaram a olhar para os segmentos que historicamente não tinham acesso a esses recursos, a editais, e não conseguiam desenvolver a sua atuação cultural com o apoio, respaldo e reconhecimento do Estado. Só essa mudança, que é uma inversão de prioridades clara e profunda que aconteceu na sociedade brasileira, por si só justificaria a disputa que nós estamos fazendo agora pela continuidade – por mais quatro anos – desse projeto”, afirmou.

Na visão de Vasconcellos, “nós não vamos conquistar avanços mais significativos e estruturantes em nossa sociedade se não houver mobilização política, se não tiver articulação social, se não tiver aliança entre todos os setores para fazer da cultura, da comunicação, da educação, do meio ambiente, da ciência e tecnologia uma disputa de entendimento e de visão de mundo de o quanto a cultura pode contribuir para a democracia brasileira, para a formação de uma cidadania mais plena, onde todos tenham acesso à informação e à cultura”, avaliou.

Por fim, o diretor de Cidadania e Diversidade Cultural do Minc saudou a presença do deputado distrital Joe Valle, do PDT, que somou-se à luta em prol da reeleição da presidenta Dilma e do projeto político do PT para o Brasil.

“Eu gostaria também de saudar o deputado Joe Valle e dar-lhe as boas-vindas! É muito importante e fundamental esta nossa aliança para o segundo turno. Nesta eleição, não está em jogo só uma batalha eleitoral de um projeto oposto ao outro e que pretende continuar governando o Brasil. Esta eleição e, principalmente esse segundo turno, tem que servir para nós criarmos as condições para que o segundo mandato da Dilma seja ainda superior ao primeiro, mais avançado, mais comprometido com a pauta da comunicação, com o meio-ambiente, com os povos indígenas, com a cultura, com os direitos humanos, com uma pauta que nós queremos ver avançar ainda mais, mas que nós sabemos que só será possível se nós reelegermos a Dilma no dia 26 (de outubro)”, finalizou.

Deputado Joe Valle, do PDT, elogia os governos Lula e Dilma e cita avanços em diversas áreas

O deputado distrital Joe Valle (PDT/DF) também esteve presente no encontro e avaliou as conquistas obtidas pelos governos petistas em diversos setores e segmentos da sociedade brasileira.

“Eu quero aqui resgatar um pouco a nossa vontade de mudar, a nossa vontade de continuar mudando, que a grande mídia está apagando das nossas mentes e dos nossos corações. Este é um momento de transição importante não só para este momento de campanha, mas para a sua posterioridade, porque somos nós, cada um de nós que está aqui, que vamos ganhar esta campanha”, defendeu o parlamentar.

“É essa forma de debate que as pessoas querem fazer, e é para isso que eu quero convidar todas as pessoas que estão indecisas. Cabe a nós conquistarmos as nossas redes, as nossas famílias, os nossos espaços, porque as pessoas confiam em nós, sabem da seriedade com que nós trabalhamos. É da continuidade desse nível de debate, dessa forma de se colocar e de agir, é da ruptura disso que nós estamos falando no dia 26 se nós não nos colocarmos completamente à disposição e conseguirmos conquistar as pessoas que precisam ser conquistadas. Eu sou Joe Valle, sou do PDT e sou Dilma!”, concluiu o parlamentar.

“Essa discussão que nós estamos fazendo aqui é extremamente importante, e nós temos a consciência de que a eleição da Dilma é o espaço que possibilita a gente colocar em prática as ideias que nós estamos tendo aqui. E ao contrário, a eleição do outro é o espaço de enterrar esse debate, de dificultar este debate e de voltar atrás ao tempo que se falava da cultura como ‘um bom negócio’”, afirmou a deputada distrital Arlete Sampaio.

Para ela, se tem uma coisa que o segundo mandato da presidenta Dilma tem que fazer é “transformar os milhões e milhões de pessoas que nós colocamos no mercado de consumo, que nós transformamos em consumidores, em cidadãos”.

“E esta é uma tarefa da cultura, da democratização dos meios de comunicação, da disputa ideológica na sociedade, que jamais será feita, muito pelo contrário, deixando que a Globo, a Veja, a Isto É e outros instrumentos das famílias que comandam a grande imprensa brasileira façam a cabeça do povo”, defendeu, citando a atuação do PT na convocação da população brasileira para discutir temas e mudanças importantes no país e no DF como o plebiscito pela representação política, a luta por reajustes salariais, melhorias no trabalho e emprego, por melhor educação, lazer, cultura, segurança, pela reforma política, entre outros assuntos relevantes para o povo brasileiro.

“A cultura é um instrumento de transformação das mentes e corações dos brasileiros. Nós não queremos transformar as pessoas em meros consumidores. Nós queremos que elas compreendam em que mundo elas estão, que elas possam ajudar a gente a aprofundar ainda mais as mudanças tão necessárias que nós esperamos, como a reforma política, que nunca será aprovada por um Congresso Nacional de Felicianos, Bolsonaros e de outros tantos. Só faz se tiver mobilização popular, gente nas ruas participando e exigindo que essas mudanças sejam feitas”, finalizou a parlamentar.

Juca Ferreira afirma ser “impressionante” o grau de consciência da população de que a candidatura tucana representa um retrocesso histórico no País

Para o sociólogo e ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, tem sido impressionante a consciência da população brasileira de que nós estamos diante de um dilema: “Se o adversário ganhar a eleição, nós experimentaremos um retrocesso em todas as conquistas que nós obtivemos nesses 12 anos”, disse, concluindo que a cultura tem realizado um papel muito importante de juntar demandas diferentes.

“As demandas populares no Brasil são enormes. Nesses 12 anos nós avançamos muito, mas ainda há muito a se conquistar. Essas pessoas que melhoraram o seu padrão de vida, são em torno de 50 milhões, não serão cidadãos completos se não tiverem acesso pleno à cultura, se não tiverem a possibilidade de desenvolver sua subjetividade como os da elite, da classe média podem desenvolver. Então é o Estado que tem que fazer isso!”, completou Ferreira.

O debate foi transmitido ao vivo pelo site www.primaveracomdilma.cc.

Acesse aqui, em breve, o link para o vídeo do evento e para os depoimentos individuais dos participantes.

Cleber Augusto, da assessoria de comunicação do PT-DF.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo