A Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras dos Correios (Fentect) manifesta sua profunda preocupação com o avanço de interesses meramente partidários sobre a direção dos Correios como forma de barganhar apoio ao Governo Federal. No último período, os trabalhadores dos Correios perderam direitos, foram perseguidos e enfrentaram a ameaça entreguista de Paulo Guedes e Bolsonaro, muitas vezes com o apoio de vários nomes que agora aparecem como interessados em comandar a ECT.
Foi com esperança e muita mobilização que os ecetistas se organizaram para apoiar o presidente Lula. A retirada da ECT da lista de empresas a serem privatizadas, a nomeação de um presidente que dialoga com a categoria ao invés de tratá-la como inimiga e o anúncio de investimentos de R$350 milhões mostram que os Correios parecem finalmente caminhar para um futuro de avanços. Portanto, a nomeação de novos dirigentes – inclusive estaduais – aliados e eleitos com uma plataforma contrária ao fortalecimento dos serviços públicos não será vista apenas como negociação, mas como abandono e até mesmo traição.
Os Correios do Brasil têm hoje uma importância estratégica cada vez maior para a garantia e a consolidação de uma política cidadã. Presente em todos os mais de 5 mil municípios brasileiros, sua capilaridade se deve a um trabalho integrado e precisa estar alinhada ao projeto de país que venceu as eleições de 2022 para que seus serviços sejam devidamente ofertados a todo o povo brasileiro.
Os trabalhadores e trabalhadoras ecetistas têm consciência do papel que desempenham e mais uma vez estarão prontos para defender esta empresa tão fundamental para o desenvolvimento do país. Estejam certos que, quaisquer que sejam os desdobramentos e negociações, nenhum outro cúmplice da política privatista conseguirá dirigir esta empresa sem encontrar uma gigantesca resistência.