O mundo anda mais misógino. É o que afirma o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no relatório ‘Índice de Normas Sociais de Gênero 2023′, divulgado na segunda-feira (12). O levantamento, realizado entre 2017 e 2022, em 80 países, revela que 90% dos entrevistados no mundo, independentemente do gênero, têm algum tipo de preconceito contra as mulheres.
No Brasil, único país de língua portuguesa no estudo, o índice é de 84,5%, o que representa uma pequena variação em relação a 2012. Naquele ano, apenas 10,2% da população não se diziam preconceituosos. Hoje, são 15,5%.
De maneira geral, os dados são muito preocupantes. Segundo o relatório, o preconceito não diminuiu desde a última década. Globalmente, 25% dos entrevistados acreditam que é justificável agredir a parceira, e metade prefere homens liderando na política.
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, comentou, no Twitter, os resultados da pesquisa. Para ela, os dados mostram como é imprescindível a existência da pasta comandada por ela, que promove ações de combate à desigualdade e à violência, como o recém-aprovado PL da Igualdade Salarial.
“Enfrentar o discurso de ódio misógino é prioridade da pasta”, lembrou Gonçalves, acrescentando que “os dados foram recolhidos entre 2017 e 2022, um período em que, no Brasil, houve retrocesso no enfrentamento à desigualdade entre mulheres e homens e no fortalecimento dos sistemas de proteção e atendimento às mulheres”.
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