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Estudo com pessoas idosas com demências e seus cuidadores é publicado no DF

Desenvolvido pela Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa e Estatísticas do Distrito Federal – IPEDF, o Estudo com Pessoas Idosas e com Demências no Distrito Federal fez um panorama das pessoas idosas com alguem tipo de demência e seus cuidadores, sejam familiares e profissionais.

Baseado em questionários e apoiado em uma vasta bibliografia , o estudo teve como objetivos traçar o perfil sociodemográfico dos cuidadores e cuidadoras de pessoas idosas com demência e identificar as necessidades e as barreiras que enfrentam no dia a dia, “especialmente na busca por serviços públicos que atendem pessoas idosas com demência”, afirma o documento.

A inciativa foi da ex-deputada distrital e membra da Executiva do PT/DF Arlete Sampaio, e contou também com verba parlamentar destinada por ela. Com o documento em mãos, o presidente do PT/DF, Jacy Afonso, relembra que esta foi a primeira pesquisa sobre pessoas idosas com demências no DF. E por isso, afirmou, “O estudo tirou da invisibilidade as cuidadoras familiares e profissionais, mostrando o perfil das cuidadoras e dos poucos cuidadores existentes, suas necessidades e demandas junto ao setor público”.

O estudo

De acordo com Vicente Faleiros, Coordenador do Fórum Distrital dos Direitos da Pessoa Idosa, do Setorial dos Direitos da Pessoa Idosa do PT e professor, o universo do estudo foi abragente e ressaltou que esta é uma das pesquisas mais significativas sobre o tema: “Foram entrevistados 608 cuidadores, sendo quase a metade de cuidadores familiares, 80 cuidadores particulares e quase 300 cuidadores institucionais”.

Ainda segundo Faleiros, a pesquisa confirma outras pesquisas menores já realizadas, e um dos principais achados é a feminilização dos cuidados e o perfil dominante, que é de pessoas negras – pardas ou pretas. “Elas se dedicam ao cuidado como uma obigação, exceto os profissionais, que são minoria”. Outro achado relevante é a idade das cuidadoras, na maioria acima dos 50 anos, “São idosas cuidando de idosos”, pontua Faleiros.

“Uma das reivindicações fundamentais das entrevistasdas é a formação e o acompanhamento prático com grupos de cuidadores e cuidadores que possam oferecer um intercâmbio com pesoas qualificadas e entre si, como forma de compartilhar a ansiedade e os cuidados próprios”.

“Faleiros acredita que isso se insere na seara pública, ‘É necessária uma política nacional de cuidados”. “No Distrito Federal, foi aprovado o substitutivo da Lei 6926 da deputada Arlete Sampaio para uma política de cuidados para as pessoas com demência, mas ainda não foi implementada”, lamenta.

É preciso que se criem alternativas ao cuidado domiciliar e alívio da condição de cuidadora, avalia o especialista. Alternativas são os Centros Dia para pessoas idosas, e principalmente os Hospitais Dia, que promovam o atendimento adequado às pessoas com demência e que aliviem o esforço físico, mental e intelectual dessas profissionais.

O estudo está disponível na internet e pode ser acessado clicando aqui.

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