Eleições parlamentares francesas: candidato apoiado por Mélenchon visita Brasília e se reúne com PTDF

Christian Rodriguez, candidato do movimento Nova União Popular, em visita a Brasília, conversou com o presidente do PTDF, Jacy Afonso, Sarah Lindalva, da Executiva do partido e Edison Cardoni, dirigente sindical, sobre a conjuntura política no Brasil e na França. A reunião aconteceu na Aliança Francesa, nesta sexta-feira (13).

Acompanhe AQUI o encontro transmitido ao vivo pela TV Comunitária:

Para contextualizar, no início de junho os eleitores franceses, inclusive residentes no exterior, estão diante da possibilidade de dar uma maioria parlamentar aos candidatos da Nova União Popular Ecologista e social, abrindo caminho para que Jean-Luc Mélenchon seja indicado Primeiro-ministro, obrigando o recém-reeleito presidente Macron a uma antes impensável coabitação com a esquerda.

Na circunscrição América Latina, o candidato da Nova União Popular é Christian Rodriguez, secretário de Relações Internacionais do movimento França Insubmissa, liderado por Mélenchon. Na disputa presidencial de abril, Mélenchon deixou de ir ao segundo turno por muito pouco (apenas 1,2%), ficando em terceiro lugar (21,95%) depois de Le Pen (23,15%) e de Macron (27,85%), que foi reeleito no segundo turno. Os socialistas, comunistas e ecologistas obtiveram, respectivamente, 1,75%, 2,28%, 4,63%. Esses grupos fecharam acordo com a França Insubmissa e os votos que faltaram para Mélenchon nas presidenciais estão agora unidos e podem eleger um grupo parlamentar suficientemente forte para criar uma reviravolta política na França, que terá grande impacto na Europa.

A conjuntura política no Brasil e na França pautou a conversa entre os dirigentes de esquerda dos dois países


Daí a atenção, muito maior que a habitual, que os partidos estão dando às eleições arlamentares. Christian Rodriguez dá como exemplo do que está em jogo na questão da aposentadoria. Macron quer aumentar a idade mínima para 65 anos. Já a coalizão Nova União Popular defende baixar a idade mínima para 60 anos com atenção especial às carreiras mais longas, descontínuas ou com trabalhos penosos.

Outro tema sensível, lembra Christian, é a relação com a União Europeia, por exemplo, no que diz respeito à austeridade fiscal defendida a ferro e fogo por Macron e rejeitada por Mélenchon. Para o líder da França Insubmissa, essa questão limita seu programa de governo, que tem como uma das primeiras medidas o aumento do salário mínimo.

Fonte: Assessoria de imprensa

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