Professores(as) e orientadores(as) educacionais se reuniram em assembleia geral na manhã desta quinta-feira, 12 de maio. Em meio à conquista do reajuste do vale-alimentação, anunciado nesta quarta (11) pelo GDF, a categoria foi firme em reafirmar que seguirá lutando para que os demais itens da pauta de reivindicações sejam atendidos, especialmente os referentes à recomposição salarial.
O governador não negociava diretamente com a categoria desde 2020. Foi a mobilização dos educadores e educadoras, desde a primeira assembleia deste ano, em fevereiro, que alcançou os avanços pelos quais lutamos – atualização da tabela salarial, que estava em atraso desde 2015; incorporação ao vencimento do valor do antigo auxílio-saúde; reajuste do valor do vale-alimentação.
Sabemos que é insuficiente, afinal, há muitos outros itens na nossa pauta. Mas é importante considerar que o cumprimento pelo governo de cada uma dessas reivindicações foi produto da pressão. Foram conquistas arrancadas, e não concessões feitas, pois o GDF vinha resistindo a atender, e até a negociar.
A realidade nas escolas mostra com nitidez o descaso do governo Ibaneis com a Educação. Problemas sérios decorrentes da militarização, com graves ataques à gestão democrática; turmas superlotadas; desvalorização dos profissionais de educação; redução e desorganização no repasse de recursos; dificuldades de estrutura; desmonte da EJA (Educação de Jovens e Adultos) e da educação inclusiva; carência exorbitante de professores(as), associada à enorme quantidade de profissionais em contrato temporário; carência de orientadores(as) educacionais; carência de monitores(as) e aumento do número de estudantes com deficiência nas turmas sem nenhuma política de inclusão. Nada disso é mera negligência, mas sim, consequência de um projeto consciente de sucateamento da educação pública.
É por isso que a categoria não se ilude que qualquer vitória poderá vir espontaneamente desse governo. Continuaremos pressionando pela incorporação da Gaped/Gase; pela redução dos padrões na tabela salarial, de forma a abreviar o tempo necessário para se alcançar o topo da carreira; por recomposição salarial já. Manter a mobilização e a pressão é a principal ferramenta para ir além e buscar ganhos reais.
É fundamental que todos e todas participem da agenda abaixo, aprovada pela assembleia:
MAIO
16 (segunda)
18h – Reunião com gestores(as) no auditório Paulo Freire do Sinpro (SIG)
19 (quinta)
19h – Reunião com delegados(as) sindicais no auditório Paulo Freire do Sinpro (SIG)
23 (segunda)
18h – Faixaço e bandeiraço com carro de som nas cidades do DF
25 e 26 (quarta e quinta)
Eleições do Sinpro
JUNHO
01 (quarta) – com possibilidade de antecipação
Assembleia Geral
Confira aqui o Edição Extra com o calendário de luta aprovado.
Fonte: SINPRO-DF