Em Brasília, a manifestação será no Museu da República, a partir das 16 horas
A população brasileira enfrenta uma grave crise social, refletida nos altos preços dos alimentos, gás de cozinha e combustíveis. A classe trabalhadora não consegue mais viver com o salário mínimo e a desigualdade, desemprego, fome e miséria se agravam a cada dia. Para denunciar e dar um basta no governo ultraliberal de Jair Bolsonaro (PL), a Campanha Fora Bolsonaro, que reúne partidos e movimentos sociais de todo o país, vai realizar um ato, no dia 9 de abril, para decretar o fim governo da história do Brasil pós-ditadura. Com o lema ‘Bolsonaro Nunca Mais’, os protestos vão acontecer nas principais cidades do Brasil. Em Brasília, a manifestação será no Museu da República, a partir das 16 horas.
A data foi aprovada como parte do calendário de lutas unificadas de 2022. Para os organizadores da Campanha, a piora nas condições de vida do povo brasileiro exige a continuidade da luta nas ruas para o enfrentamento da fome, do desemprego e da carestia.
“Os aumentos nos combustíveis e no gás de cozinha continuam. O preço da gasolina dobrou em pouco mais de um ano. Isto tem impacto direto na vida das pessoas, gerando ainda mais inflação e carestia. A recuperação econômica é lenta. Estamos trocando empregos com carteira por ocupações precárias. O desemprego segue alarmante”, foi destacado durante reunião da Campanha no dia 15 de março.
Para o presidente do PTDF, Jacy Afonso, os diversos protestos contra Bolsonaro demonstram a insatisfação da população com a política ultraliberal do governo Bolsonaro. “Carestia, desemprego, inflação, falta de oportunidades são o que traduzem a política econômica desse governo. A população está sofrendo e demonstra sua insatisfação nas pesquisas para as eleições desse ano. Vamos tirar Bolsonaro, eleger Luis Inácio Lula da Silva e devolver a dignidade e qualidade de vida para os brasileiros. Vamos todos juntos às ruas para dizer que Bolsonaro nunca mais!”, convoca o dirigente.
Calendário de lutas
Em 2022, já aconteceram importantes manifestações organizadas pelos movimentos sociais e partidos de esquerda. O 8 de março – Dia Internacional das Mulheres-, e o Dia Nacional de protestos pela Campanha Despejo Zero, em 17 de março – que conseguiu com que o Supremo Tribunal federal prorrogasse o prazo para despejos até o mês de junho-, deram demonstrações da força das lutas populares unificadas.
Além do dia 9 de abril, o calendário de lutas já definiu outras importantes mobilizações:
Entre os dias 4 e 14 de abril: povos indígenas de todo o país realizam mais um Acampamento Terra Livre, em Brasília (DF), na luta contra os ataques do governo Bolsonaro e do Congresso, que querem aprovar várias medidas que compõem o “Pacote da Destruição” do meio ambiente e dos direitos dos povos originários.
O 1° de Maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, também já está no calendário unitário de mobilizações por empregos, direitos, em defesa da vida e das liberdades democráticas.
PTDF
