Em continuidade à série sobre os presidentes das Zonais do Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal, apresentamos Afonso Magalhães, que preside o PT Guará desde 2019. Economista, ex-diretor do Sindicato dos Bancários-DF, atualmente, é coordenador de Direitos Humanos e Relações Internacionais da Central de Movimentos Populares (CMP-DF). Também, foi diretor de Finanças Solidárias, da SENAES- Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e subsecretário de Economia Solidária no GDF.
De acordo com ele, a Zonal do PT Guará atua na organização da militância na cidade, no estímulo às novas filiações e na agenda partidária nacional e regional.
Pela proximidade com a região central da Capital Federal, o Guará é um território atrativo para as empreiteiras e para a especulação imobiliária, que veem a cidade como oportunidade para construção de imóveis de alto valor, com foco no atendimento à classe média. Por não fazer parte do PPCUB (Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília), há uma facilidade maior para empresários e grandes empreiteiras buscarem oportunidades de negócios na cidade.
Recentemente, a Zonal promoveu uma atividade em repúdio à privatização do CAVE (complexo que inclui estádio e ginásio de esporte), que vem a ser uma oportunidade para a implantação de um projeto elitista e excludente, com a exploração de um clube vizinhança voltado para a elite e ao fomento de negócios de alto rendimento e espetáculos esportivos. “Pelo caráter antissocial e não comunitário da proposta, o PT Guará se opõe claramente à privatização do CAVE”, reivindica o presidente.
A população do Guará é de aproximadamente 150 mil habitantes, abarcando uma diversidade social, com famílias de faixas de renda diferenciadas. Além disso, muitos trabalhadores de outras cidades se deslocam diariamente para a cidade para o desempenho de suas atividades profissionais na área de serviços, predominante na Região Administrativa.
Afonso detalha que o PT Guará atua na cidade combinando atividades partidárias com apoio e participação nos movimentos populares, principalmente aqueles voltados para saúde, meio ambiente, cultura e economia solidária. Além da privatização do CAVE, a privatização do Metrô, defendida pelo governo Ibaneis, também é combatida pela Zonal Guará, “pois prejudicará a população da cidade e das regiões do DF atendidas pelo serviço de transporte público”, defende.
Durante todo o período da pandemia, o Diretório funcionou prioritariamente no modo remoto, com atividades abertas à militância e intensificou as ações de solidariedade junto às famílias em situação de vulnerabilidade. “Buscamos também integrar nossas atividades com os Diretórios vizinhos: Cidade Estrutural, Aguas Claras e Núcleo Bandeirante.”
Em 2022, os olhos da população estarão voltados para as eleições e o Diretório se prepara para reativar sua sede, na QE 28, do Guará II, que ficou desativada nos primeiros dois anos da pandemia. A sede será reinaugurada no próximo mês, cumprindo o papel de “Comitê Popular”, conforme recente conclamação de Lula e da Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores.
PT DF