Ato em frente ao Teatro nesta terça-feira (11), garantiu reunião com administrador regional, que se comprometeu a agilizar para que, a partir das emendas parlamentares dos distritais Arlete Sampaio (PT) e Reginaldo Veras (PDT), as obras emergenciais do Teatro tenham início. Apesar de destinar R$ 500 milhões para obras em Taguatinga, GDF não disponibilizou recursos para a reforma do espaço cultural
O Conselho Regional de Cultura de Taguatinga (CRC), junto com o Movimento Cultural e a Zonal do PT Taguatinga, realizaram um ato, nesta terça-feira (11), pela reforma emergencial do Teatro da Praça, localizado no centro de Taguatinga. Os ativistas denunciaram a falta de investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF), na manutenção dos equipamentos públicos de cultura. O Teatro da Praça encontra-se fechado há mais de dez anos.
Durante o ato, com faixas, cartazes e tambores, os representantes do Conselho, artistas e membros da comunidade exigiram a reforma imediata do Teatro da Praça, para que seja reaberto ao público. Também estiveram presentes os representantes dos gabinetes dos deputados distritais Arlete Sampaio (PT) e Reginaldo Veras (PDT).
Enquanto a manifestação acontecia, os representantes do Conselho se reuniram com o administrador regional em exercício, Ezequias Pereira e cobraram a destinação, anunciada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), de R$ 500 milhões, para obras na cidade. E ouviram do administrador que o recurso já está definido para a realização de diversas obras, mas o Teatro da Praça não foi contemplado.
Desta forma, as reformas só poderão acontecer com recursos de emendas parlamentares.
Depois de ampla discussão, os mandatos da deputada Arlete Sampaio e do deputado Reginaldo Veras, se comprometerem em destinar emendas para as reformas emergenciais, sendo elas telhado, elétrica e banheiros. Por sua vez, o administrador Ezequias Pereira se comprometeu em agilizar os trâmites burocráticos para que as emendas sejam executadas o mais rápido possível.
Em documento divulgado após a reunião, o CRC – Taguatinga avalia que a manifestação cumpriu seu papel, pois conseguiu o compromisso da Administração Regional em trabalhar para que a reforma emergencial seja iniciada. A nota pede, no entanto, que a mobilização continue. “Temos que continuar mobilizados e acompanhando todo esse processo, Ressaltamos a nossa indignação com o GDF por não disponibilizar verbas para manutenção dos equipamentos públicos da área de cultura. Se preciso for, iremos ao governador exigir destinação de recursos para a reforma do Teatro da Praça.”
Já está agendada para a primeira semana de fevereiro, uma reunião entre o CRC-Taguatinga e os gabinetes dos parlamentares Arlete Sampaio e Reginaldo Veras. O valor das emendas a serem destinadas para a reforma emergencial ainda não está definido.
Participaram da reunião com a Administração Regional: Bruno Z (Artista); Carleuza (Comunidade); Lêda Gonçalves (PT DF e PT Taguatinga); Márcio (CRC); Marconi (CRC); Reinaldo (Comunidade), Gabriel Magno (gabinete da deputada Arlete Sampaio) e Juscelino (gabinete do deputado Reginaldo Veras)
Teatro da Praça
Inaugurado em 1977, situado próximo à Praça do Relógio, o Teatro da Praça de Taguatinga, dispõe de 267 lugares para o público. Nos anos de 1980, o local viveu os melhores dias com as Semanas de Arte e Cultura, que, durante cinco anos, promoveram exibições de filmes, apresentações de dança, teatro, música e artes plásticas. Contudo, o inicio dos anos de 1990 foi marcado pelo abandono até 1996, quando o centro cultural passou a ser coordenado por um convênio entre a Administração Regional e a Secretaria de Cultura. Desde 2007, recebeu o selo de tombamento provisório concedido pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico do Distrito Federal(DePHA). No entanto, o título não se traduziu em cuidado com a preservação do espaço.
Teatro Nacional também está abandonado
Em dezembro do ano passado, a Associação de Amigos do Teatro Nacional Cláudio Santoro (ATENA) se reuniu para dar um abraço simbólico no Teatro Nacional Cláudio Santoro. A ação, que contou com a presença do Secretário de Cultura do PTDF, Yuri Soares, teve o objetivo de dar visibilidade ao abandono que o espaço sofre desde 2014, quando fechou as portas para uma grande reforma, que se arrastou por falta de verbas. Em 2019, recebeu mais recursos e foi alvo de um convênio com Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, mas continua fechado, com exceção do foyer da sala Villa-Lobos. As famosas salas Martins Pena e Villa-Lobos já foram palcos para grandes artistas das mais variadas vertentes. Hoje, encontram-se abandonadas.
Museu da Bíblia
Enquanto os espaços considerados patrimônios históricos e culturais do DF estão em total abandono, o GDF informou, em janeiro de 2021, que a construção do Museu Nacional da Bíblia, terá um orçamento de R$ 26 milhões. Segundo o governo, o museu deve ser erguido em lote público de 7,5 mil metros quadrados, nas proximidades da Estrada Parque Indústrias e Abastecimento (Epia) e da antiga Rodoferroviária de Brasília, na ponta do Eixo Monumental.
PT DF com informações de Correio Braziliense