O Estado de São Paulo confirmou nesta quarta-feira o terceiro caso importado da variante ômicron do coronavírus no país. Um passageiro de 29 anos vindo da Etiópia que desembarcou no aeroporto internacional de Guarulhos no último sábado realizou o teste no local e não apresentava sintomas. Segundo a Secretaria da Saúde, o paciente está em isolamento domiciliar desde sábado, sem sintomas, e é acompanhado pela vigilância do município de Guarulhos, onde mora.https://imasdk.googleapis.com/js/core/bridge3.490.0_en.html#goog_1562608756Vídeo com poesia de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa
A análise genética do resultado positivo para a covid-19 foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, do Governo de São Paulo. A confirmação da presença da nova variante ocorre um dia após o anúncio dos dois primeiros casos do país, todos em São Paulo: um homem de 41 anos e uma mulher de 37, vindos da África do Sul, que também estão em isolamento. O diagnóstico da ômicron no casal foi atestado de forma preliminar pelo Hospital Israelita Albert Einstein e depois confirmado pelo estudo genômico do Adolfo Lutz. Segundo a Secretaria da Saúde, os três pacientes estavam vacinados contra o coronavírus.
Na terça, o governador João Doria (PSDB) solicitou ao Comitê Científico do Estado uma nova avaliação sobre a necessidade do uso de máscaras em ambientes abertos, que seria flexibilizada no próximo dia 11 de dezembro. “O nosso parâmetro sempre foi o cenário epidemiológico em São Paulo. E, por isso, precisamos saber o impacto da nova variante com a flexibilização do uso de máscaras em espaços abertos. É necessário ter cautela e avaliar esse novo elemento. O nosso compromisso é com a saúde da população”, declarou Doria. Na capital, a gestão Ricardo Nunes (MDB) ainda estuda se seguirá a medida estadual e prevê anunciar nos próximos dias qual será a diretriz para o uso da proteção facial, comprovadamente uma das mais importantes contra o contágio do vírus.MAIS INFORMAÇÕESG7 e OMS alertam para o alto risco da variante ômicron
A variante ômicron, que possui mais de 30 mutações, é motivo de alerta no mundo inteiro. Ainda não está comprovado que a cepa é mais contagiosa, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na segunda-feira que o risco global da ômicron “é avaliado como muito alto” e demanda precauções extremas. Diversos países, incluindo o Brasil, fecharam suas fronteiras para países da região sul do continente africano. Contudo, a Holanda confirmou que a variação do vírus já estava presente em seu território antes dos primeiros casos serem detectados pela África do Sul, na semana passada.
Desde segunda-feira, está suspensa a entrada no Brasil de pessoas que passaram por seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A restrição ocorre após o Governo Bolsonaro acatar, com relutância, uma recomendação da Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa). No sábado, a Anvisa sugeriu que a limitação fosse estendida a passageiros com passagens por outras quatro nações (Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia), o que ainda não ocorreu.