Enfrentamento ao racismo estrutural, garantia da Lei de Cotas na UniDF e o ato Fora Bolsonaro Racista, que vai acontecer em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, estão entre as prioridades imediatas da nova gestão
A Secretaria de Combate ao Racismo elegeu, por aclamação, na última quarta-feira (10), o companheiro Daniel Kibuku, para coordenar os trabalhos nos próximos quatro anos. Daniel é ativista do movimento negro e milita no Partido dos Trabalhadores há 15 anos. Com 149 votos, a Secretaria garante 14 delegados para o Encontro Nacional.
O Coletivo aprovou um texto base que trata da conjuntura nacional e do Distrito Federal, apontando o racismo como um elemento estrutural na constituição da sociedade. De acordo com Daniel, no que se refere ao plano nacional, o governo Bolsonaro é considerado o agente que intensificou os efeitos do racismo, seja pelo desmonte das políticas públicas e órgãos estatais que, antes eram voltados para a promoção de igualdade racial e, atualmente são utilizados contra as causas do movimento negro, como a Fundação Palmares, presidida por Sérgio Camargo, cujas falas e ações são ataques frontais ao combate ao racismo.
Outro fator, destacado pelo coordenador, que evidencia a estrutura racista da sociedade brasileira é que a pandemia da Covid 19 vitimou muito mais a população negra do país.
Com relação ao Distrito Federal, Daniel ressalta a importância de combater o racismo no governo Ibaneis Rocha (MDB), que se recusa a implementar as cotas raciais na recém criada Universidade do Distrito Federal.
Entre as principais propostas para a Secretaria no próximo período, estão:
– Aprofundar os laços com os movimentos sociais negros;
– Promover cada vez mais espaços de formação política sobre a temática racial e dos povos tradicionais de matriz africana;
– Envolver a militância na construção de um programa que coloque a temática do combate ao racismo como eixo central e estruturante de nossas propostas de governo nas próximas eleições;
– Fortalecer as candidaturas negras no pleito de 2022
Participaram da plenária final da Secretaria de Combate ao Racismo os convidados: Jacy Afonso, presidente do PTDF, Ieda Leal, do Movimento Negro Unificado (MNU), Pablo Feitosa, da Negritude Socialista do Brasil e Dani Sanches, do Psol.
Dia 20 de Novembro é dia de Luta! Fora Bolsonaro Racista
E a Secretaria de Combate ao Racismo do PT DF já tem uma importante tarefa: dia 20 de novembro ─ Dia da Consciência Negra ─, brasileiras e brasileiros voltam às ruas pela saída imediata de Bolsonaro da presidência. A mobilização unifica a luta antirracista e as pautas urgentes da classe trabalhadora, como geração de emprego com direitos, pelo fim da fome e da miséria e contra a política econômica implementada pelo governo federal.
“Essa é uma tarefa muito importante, em que a Secretaria já está engajada e contamos com a participação de toda a militância. O movimento negro irá protagonizar os atos em todo o Brasil, para mostrar ao país e ao mundo que não aceitamos governos fascistas, racistas e demagógicos. Nossa luta é por igualdade, justiça social e oportunidade para a população negra e periférica desse país”, enfatiza Daniel.
A mobilização unifica a luta antirracista e as pautas urgentes da classe trabalhadora, como geração de emprego com direitos, pelo fim da fome e da miséria e contra a política econômica implementada pelo governo federal.
No DF, o ato será realizado no Museu da República, a partir das 15h.
Dirigentes eleitos para o Coletivo
Marcia Gilda Moreira, Leda Gonçalves de Freitas, Josibel Rocha Soares, Viridiano Custódio de Brtio, Eduardo José Mariano, Eduardo Araújo de Souza, Cristiana dos Santos Luiz, Regirlene Santos de Almeida, Monica Sacramento Costa, Geovanny Costa Silva, Maria Eliane Gonçalves de Jesus, Lucas Pereira Sodré Ribeiro.
PT DF