C&T e TI fusionam e Setorial elege Antônio Cangiano para a nova coordenação

Fusão de Ciência e Tecnologia e Tecnologia da Informação visa ampliar as transversalidades e agregar conhecimentos; Antônio Cangiano vai comandar os trabalhos no próximo período, mas o objetivo é gestão compartilhada entre as forças apoiadoras da chapa

Após cinco plenárias deliberativas, o Setorial de Ciência e Tecnologia e Tecnologia da Informação (C&T e TI) elegeu, durante o Encontro Final, realizado no último sábado, 30 de outubro, o companheiro Antônio Cangiano para coordenar os trabalhos na próxima gestão. Com inovação, o Setorial fusionou as áreas de CT e TI, visando aprofundar a transversalidade desses temas e agregar conhecimentos e informações dos dois setores.

Apuração

A disputa para a coordenação do Setorial se deu entre os companheiros Antônio Cangiano, que obteve 74 votos, assim como sua chapa coletivo Integração CT & TI, também com 74 votos. E Walter Célio de Almeida, 65 votos e seu coletivo Tecnologia para Inclusão  Social, com 61. Para as delegações, essas chapas obtiveram 31 e 36 votos, respectivamente. Também disputaram delegação as chapas Unidade na Luta, com 58 votos e DF e Entorno no Encontro Nacional, 6 votos.

Apuração oficial dos votos de C&T e TI

Divisão do mandato e integração de saberes

Entre as principais propostas apresentadas pelo novo coordenador e sua chapa, está a ‘divisão do mandato’. Segundo Cangiano, ele próprio assume no primeiro ano, sendo que, no segundo e terceiro anos, assumem os indicados pelas tendências Articulação Unidade na Luta e Articulação de Esquerda, que compõem o grupo. E, no último ano, a companheira Denise Paulsen (independente), vai dirigir os trabalhos.  

“Nosso objetivo é uma gestão compartilhada, rotativa, onde a gente possa ter como resultado uma rede de cérebros pensando a coordenação. Além disso, queremos promover conversas intersetoriais, pois a tecnologia perpassa a todos os outros setores, em todos os níveis: Ciência, Tecnologia, Tecnologia da Informação e a gente quer conversar com todos, no sentido de estar junto, ajudando, dando suporte, ouvindo, propondo soluções e políticas de incentivo para a tecnologia nessas áreas”, friza Cangiano.  

O coordenador também ressalta que o Setorial terá uma vertente relacionada com o nome da chapa, Integração C&T e TI,  pois o objetivo é, além de integrar várias tendências do partido e independentes, também mesclar a Ciência com a área da Tecnologia da Informação, justificando a fusão no agora mais robusto Setorial de C&T e TI.

Conforme ele explica, a escolha do nome da chapa, Integração C&T e TI, visa, não só, integrar várias tendências e demais pessoas que queiram se juntar à causa mas, também, promover a junção de Ciência e Tecnologia da Informação: “Nós temos origem na Tecnologia da Informação, mas trouxemos companheiros com diferentes conhecimentos para  juntarem-se a nós, como o Joelmo Oliveira, presidente da Associação dos Servidores do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o Alexandre Correia, da Articulação de Esquerda e do Sindicato Nacional de Gestores em C&T (SindGCT), o Deivid Kuhn, formador de opinião e produtor de conteúdo, além de companheiros do Sindicato de Processamento de Dados, que nos apoiaram nessa eleição e estão conosco. Então, somos, em essência, uma chapa de união, de integração”, resume.

Outras propostas:  

– Continuar e ampliar o diálogo e a mobilização da juventude e das mulheres, a exemplo do que foi feito durante a campanha, pela chapa Integração;- Realizar, durante o mês de novembro, diálogos com o conjunto dos integrantes do Setorial para a elaboração do plano de trabalho para o próximo período;

– Participar ativamente do Encontro Nacional;

– Priorizar a campanha Lula Presidente, contribuindo com programas e políticas de C&T e TI;

– Participar ativamente na construção do PT Digital e democracia digital;

– Participar do suporte parlamentar nas políticas de C&T e TI.

Mulheres do Setorial querem  paridade real

Ao final do Encontro, as 21 mulheres que compõem o coletivo C&T e TI, apresentaram a moção Construindo a paridade real no Coletivo Setorial de C&T e TI, com 13 propostas relacionadas à paridade de gênero no PT.   

Com a frase ‘Não existe socialismo, sem feminismo!’ em destaque no texto, elas reivindicam que a norma de paridade no partido, seja, de fato, cumprida. “Nós, mulheres do Setorial de C&T e TI do PT DF declaramos que as seguintes ações afirmativas são inegociáveis”, afirmam.  

Confira as ações propostas por elas na Moção:

1-Fazer o enfrentamento ao machismo em todos os espaços do Partido;
2- Combater a prática de tratar as mulheres como “massa de manobra”, como forma de atingimento da paridade;
3. Pensar a construção do setorial a partir da perspectiva da educação popular, do trabalho de base e da discussão temática;
4. Discutir a tecnologia como forma de opressão e poder;
5. Realizar ações de combate à solidão na militância política;
6. Ampliar a formação e organização política das mulheres do Setorial; 7. Desenvolver uma rede solidária de qualificação e formação;
8. Conhecer e divulgar as iniciativas profissionais e acadêmicas das mulheres do Setorial, como forma de capacitação coletiva;
9. Construir as pautas de forma transversal, elaborando e conectando a agenda de lutas das mulheres com os demais setoriais e secretarias do PT;
10. Ampliar a participação da juventude; 11. Promover a inclusão social e tecnológica das mulheres petistas;
12. Incentivar a organização das mulheres do Setorial para ampliar representatividade e diversidade no movimento;
13. Desenvolver iniciativas de inclusão do povo negro, das pessoas com deficiências e pessoas LGBTQIA+, indígenas, como forma de promover a diversidade no Partido, em conjunto com a juventude e com os movimentos populares, sindical e de mulheres.

A tese-guia foi resultante da junção dos textos-base apresentados pelas duas chapas concorrentes e aprovada por aclamação na plenária final.

PT DF

You May Also Like

More From Author