Cerca de 4 mil mulheres indígenas de diversas regiões do Brasil estão em Brasília para participar da 2ª edição da Marcha Nacional das Mulheres Indígenas. Como parte do calendário de mobilizações, foi realizada, nesta quarta-feira (8), uma audiência pública para debater biomas, violência, direitos sociais, território e meio ambiente na perspectiva dos direitos humanos. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) esteve no acampamento e participou da atividade.
“Nós estamos aqui vivenciando a força das mulheres indígenas, dos nossos ancestrais, dos maracás, do jenipapo, dos cocás, para dizer que não vamos permitir que se consolide um crime com a aprovação do Marco Temporal. O Marco Temporal não irá resistir à luta das mulheres indígenas”, disse a parlamentar.
O que é o Marco Temporal?
O Marco Temporal é uma tese ruralista que estabelece que os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras se estivessem comprovadamente sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição. A tese é considerada um retrocesso e uma afronta ao direito dos povos originários à vida e ao território.