Lideranças de PT, PDT, PSB, PCdoB, PV, Solidariedade, Cidadania e Rede decidiram, em reunião virtual nesta quarta-feira, apoiar todas manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro, inclusive a organizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua que ocorrerá neste domingo. Os partidos também decidiram que realizarão atos contra o governo federal em outubro e novembro. O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, que também participou da reunião, nega que a legenda tenha aderido às manifestações deste domingo.
“Decidimos apoiar toda e qualquer manifestação pelo impeachment, a começar por essa de domingo, independente de quem a convoque”, disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ao Valor.
Eles também decidiram que farão dois atos para protestar contra Bolsonaro. O primeiro deles ocorrerá em outubro e deve ser marcado em 3 ou 10 de outubro. O segundo está previsto para 15 de novembro, data em que se comemora a proclamação da República.
“Enquanto construímos esta grande manifestação de unidade pela democracia, pelo Brasil e pelos direitos do povo, incentivamos todos os atos que forem realizados em defesa do impeachment. O país está cobrando a responsabilidade do presidente da Câmara pela abertura dos processos”, escreveu a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann em sua página oficial no Twitter.
Segundo apurou o Valor, o grupo decidiu aderir às manifestações deste final de semana para “dar uma resposta imediata” aos protestos de 7 de setembro, quando apoiadores de Bolsonaro saíram às ruas em todo o país.
Convidados para a reunião desta quarta-feira, dirigentes de DEM, MDB, PSD e PSDB não comparecerem ao encontro virtual, mas seguirão no radar do grupo de nove legendas.
De acordo com Lupi, as conversas com “essas quatro forças” continuará ao longo da semana para que eles se juntem aos demais partidos em uma reunião presencial na próxima quarta-feira na Câmara dos Deputados.