O governo dos Estados Unidos afirmou, nesta quarta-feira (18), que tem planos para ministrar uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 no país a partir do dia 20 de setembro. Na última semana, o país já tinha autorizado a 3ª dose da vacina para transplantados.
As infecções nos EUA têm crescido por causa da variante delta do coronavírus.
O governo dos EUA está preparado para oferecer a dose de reforço a todos que já foram imunizados há pelo menos oito meses com as vacinas da Pfizer e Moderna, afirmou, em um comunicado, o Departamento de Serviços Humanitários e de Saúde.
A dose de reforço será inicialmente dada aos profissionais da saúde, aos moradores de asilos geriátricos e pessoas mais velhas (esses foram os primeiros grupos que receberam as vacinas no fim de 2020 e começo de 2021).
Sobre a vacina da Janssen, que também está sendo usada nos Estados Unidos, as autoridades de saúde disseram que estão aguardando mais dados, mas que as pessoas que tomaram o imunizante também precisarão de reforço.
“Nosso plano é proteger o povo americano, ficar à frente desse vírus”, disse a diretora do CDC, Rochelle Walensky, em um comunicado.
OMS é contra
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados atuais não indicam que as doses de reforço são necessárias. A entidade defende que as pessoas mais vulneráveis em todo o mundo devem ser totalmente vacinadas antes que os países mais ricos imunizem com mais uma dose a sua população.
Para a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, mais pesquisas são necessárias para definir o esquema vacinal com mais uma dose. Ela alertou que deixar bilhões de pessoas no mundo sem vacina pode promover o surgimento de novas variantes e resultar em situações ainda piores.
No Brasil
Também nesta quarta, Marcelo Queiroga falou sobre a terceira dose no Brasil. O ministro da Saúde explicou que aguarda mais dados científicos sobre o reforço na vacinação e que os idosos e os profissionais da saúde serão os primeiros na fila.
“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é incontestável”, disse Queiroga.
Ele lembrou que o Ministério da Saúde já encomendou um estudo para verificar a estratégia de terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca no Brasil.