“Da luta eu não fujo. É melhor morrer na luta do que morrer de fome” foi este o grito de guerra que transformou Margarida Maria Alves em símbolo da luta das mulheres pelos direitos trabalhistas. Nasceu em Alagoa Grande, PB, em família de agricultores expulsa da terra por grandes latifundiários. Na direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais confrontou a ditadura militar em ações por direitos básicos como carteira assinada, 13o salário, fim do trabalho infantil e defesa dos trabalhadores poderem cultivar suas próprias terras. Moveu mais de cem ações trabalhistas e criou um programa de alfabetização de adultos pelo método Paulo Freire. Foi brutalmente assassinada na porta de sua casa por pistoleiros pagos pelo Grupo da Várzea, formado pelos usineiros da região. A partir de 2000 a CONTAG passou a organizar anualmente A Marcha das Margaridas, reconhecida como a maior ação das mulheres na América Latina.