Termina nesta 2ª feira (2.ago.2021) o prazo dado pelo corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Felipe Salomão, para que o presidente Jair Bolsonaro apresente provas de suposta fraude nas eleições presidenciais de 2018.
O pedido foi feito em portaria de 21 de junho, que instaura procedimento administrativo para apurar a existência ou não de elementos concretos que possam ter prejudicado as duas últimas eleições. Inicialmente, as provas deveriam ser apresentadas por Bolsonaro em 15 dias, mas, devido ao recesso de julho, o prazo foi estendido. Eis a íntegra do pedido do TSE (426 KB).
Bolsonaro disse em março de 2020 ter “provas” de que as eleições de 2018 foram fraudadas. Em entrevista em Miami (EUA), o presidente afirmou que teria sido eleito no 1º turno e que apresentaria tais provas “em breve”. Desde então, falou em outras ocasiões que houve fraude tanto no pleito de 2018 quanto no de 2014, que reelegeu Dilma Rousseff (PT).
Na última semana, Bolsonaro informou que usaria sua tradicional live para apresentar o que chamou de “prova bomba”. No entanto, utilizou a maior parte de sua exposição de 5ª feira (29.jul.2021) para fazer críticas a opositores, ao TSE e para defender a adoção do voto impresso.
O chefe do Executivo recuou e não falou em “provas” para indicar as supostas fraudes. Disse que há “indícios fortíssimos ainda em fase de aprofundamento que nos levam a crer que temos que mudar esse processo eleitoral”. E completou: “Não temos provas, vamos deixar bem claro, mas indícios”.
No domingo (1º.ago), Bolsonaro voltou a falar das supostas fraudes. Assim como na transmissão de 29 de julho, não falou em provas, mas em “indícios fortíssimos de manipulação”.
TSE
As supostas fraudes são usadas por Bolsonaro para defender o voto impresso. O TSE, por diversas vezes, garantiu a segurança do processo eleitoral brasileiro e da urna eletrônica.
Durante a transmissão feita por Bolsonaro de 29 de julho, o TSE usou seu perfil no Twitter para rebater as acusações. Em uma das postagens, informou que a apuração é feita de forma automática e os dados, criptografados, são enviados ao tribunal. O TSE, então, “checa a autenticidade/integridade e faz a totalização, em processo público e auditável”.
Nesse domingo (1º.ago.2021), o TSE começou a divulgar em suas redes sociais um detalhe não muito conhecido do grande público: o fato de que cada urna eletrônica já emite um boletim impresso ao fim da votação no dia da eleição. Assista ao vídeo promocional da Corte aqui.
Para a Justiça Eleitoral, trata-se de uma forma eficaz de auditar o que foi enviado digitalmente para o TSE ou para os TREs com o que foi impresso pelas urnas eletrônicas ao final de cada votação.
Fonte: Poder 360