Criado por Lula, Bolsa Atleta financia 80% dos competidores em Tóquio

Divisor de águas do setor esportivo, programa criado em 2005 transformou-se no maior patrocinador individual do mundo. Em 14 anos, 63,3 mil bolsas bancaram 26,5 mil atletas

Divisor de águas do setor esportivo, o Bolsa Atleta foi criado em 2005 pelo presidente Lula e pavimentou o caminho para que os brasileiros pudessem se dedicar ao esporte nas mais diversas modalidades. O Bolsa Atleta tornou-se o maior programa de patrocínio individual do mundo e hoje, nas Olimpíadas de Tóquio, responde pelo financiamento de 80% dos competidores brasileiros. Em 14 anos, distribuiu mais de R$ 1,1 bilhão, criando condições para atletas se dedicarem em competições locais, sul-americanas, pan-americanas, mundiais, olímpicas e paraolímpicas.

Para se ter uma ideia do seu alcance, em 2019, a Seleção brasileira de futebol feminino que disputou a Copa do Mundo tinha 16 jogadoras financiadas pelo programa. Nesses 14 anos, 63,3 mil bolsas cobriram 26,5 mil atletas. Em 2016, quando as Olimpíadas foram realizadas no Rio de Janeiro, 77% dos atletas receberam o benefício, considerado fundamental para que os esportistas possam se sustentar, sobretudo na fase inicial de suas carreiras. 

A atual delegação do país em Tóquio possui 302 atletas. Destes, 242 recebem o benefício. São 12 parcelas, renováveis, recebidas diretamente em conta de pessoa física na Caixa Econômica. Os valores variam entre R$370, para atletas de base, e R$ 15 mil, para medalhistas olímpicos.

“Muitas vezes o esporte foi tratado como gasto, não como investimento”, declarou o presidente Lula, à época do lançamento do programa. “Precisamos fazer com que o povo brasileiro entenda que é papel do Estado dar condições para que todas as pessoas, independentemente da sua origem social, independentemente da sua cor, do seu credo religioso ou da sua opção partidária, que todas as pessoas sejam colocadas no mesmo banco de oportunidades”, ponderou Lula.

Em 2012, a presidenta Dilma Rousseff criou o Plano Brasil Medalhas 2016, que investiu R$ 1 bilhão no ciclo olímpico entre 2013 e 2016. O programa incluía a Bolsa Pódio, que distribuiu valores mensais entre R$ 5 mil e R$ 15 mil para atletas entre os 20 melhores do mundo.

Em 2014, o Bolsa Atleta foi ampliado, contemplando nada menos do que 7.752 atletas nas categorias Estudantil (313), Base (290), Nacional (4.875), Internacional (1.808), Olímpica/Paraolímpica (247) e Pódio (219). Os valores das bolsas variavam entre R$ 370 (categorias Estudantil e de Base) e R$ 3.100 (Olímpica/Paraolímpica), chegando a valores superiores no Bolsa Pódio.

Fonte: PT

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