Foi deferido na tarde dessa terça-feira (6), o pedido de progressão de pena do companheiro Rodrigo Pilha para o regime aberto. O pleito, teve acolhimento pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), tendo os requisitos para a progressão do regime semiaberto para o aberto, considerados atendidos, ‘uma vez que inexistem faltas graves pendentes de apuração’.
Rodrigo Grassi Cademartori, comunicador, ativista e militante do Partido dos Trabalhadores, conhecido como Rodrigo Pilha, foi preso em 18 de março de 2021, após estender, com mais quatro ativistas, uma faixa com a frase “Bolsonaro genocida” na Praça dos Três Poderes, durante protesto em Brasília. Todos foram liberados no mesmo dia, porque a Polícia Federal não encontrou motivos para enquadrá-los na Lei de Segurança Nacional, o que motivou a detenção. Contudo, Pilha foi o único que continuou na prisão, sob alegação de que haviam outras duas acusações contra ele por desacato à autoridade.
Da prisão, Pilha denunciou maus tratos e agressões sofridas na carceragem por perseguição política, o que levou ao afastamento de dois policiais envolvidos. Além disso, escreveu uma carta em que relata a violência e tortura rotineiras, praticadas pela polícia, aos encarcerados.
Solidariedade a Pilha
Durante os quase três meses em que esteve preso, amigos, familiares, ativistas e a militância do PT DF, realizaram diversos atos e protestos em solidariedade a Pilha, além de lives e debates para denunciar sua prisão, a militarização do governo Bolsonaro, a censura e em defesa da liberdade de expressão.
O PT DF soltou uma nota de repúdio, e outra pela sua liberdade. A deputada Arlete Sampaio também solicitou, oficialmente, informações à Secretaria de Segurança Pública, sobre a situação do companheiro. E o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou em defesa de Pilha, cobrando o fim das punições arbitrárias. “É urgente apurar as denúncias de violência contra Rodrigo Pilha e punir os agentes responsáveis. Exigimos investigação conforme determinou o CNJ. Pelo fim da punição arbitrária”, escreveu Lula”.
PT DF