Herzog nasceu em Osijek na ex-Iugoslávia. Durante a ocupação nazista sua família, de origem judia, emigrou para o Brasil. Formou-se em Filosofia na USP e passou a trabalhar como jornalista. Em 24 de outubro de 1975, Vlado era diretor de jornalismo da TV Cultura quando agentes do II Exército o convocaram para depor sobre suas ligações com o Partido Comunista Brasileiro. No dia seguinte compareceu espontaneamente ao DOI-CODI e negou qualquer ligação com o partido. Duque Estrada e Rodolfo Konder, jornalistas também presos e torturados, viram Herzog pela última vez no começo da tarde. A versão dos militares de que ele havia se suicidado ficou de pé por apenas dois dias. Ao se preparar o corpo para as exéquias, os sinais de tortura foram descobertos e o assassinato veio à público. O ato inter-religioso pela morte do Herzog parou a cidade de São Paulo. Embora ameaçadas de serem metralhadas, milhares de pessoas se deslocaram para a Praça da Sé clamando por democracia e justiça. Ali, começava a cair a ditadura. Quatro anos depois era decretada a Anistia.