A CUT-DF e suas entidades filiadas fortaleceram a mobilização e organizaram o Bloco da Classe trabalhadora
Nesse último sábado (19), data em que o Brasil alcançou a triste marca de 500 mil pessoas mortas pela Covid-19, mais de 40 mil pessoas foram às ruas em Brasília contra a gestão desastrosas de Bolsonaro na pandemia. Entre outros pontos, os milhares de manifestantes exigiram vacina contra o vírus para todas e todos, empregos, direitos e auxílio emergencial de R$ 600 para quem necessita.
A CUT-DF e seus sindicatos filiados estiveram presentes na mobilização e organizaram o Bloco da Classe Trabalhadora, que denunciou as políticas anti-povo do governo Bolsonaro. A reforma administrativa (PEC 32), a privatizações de estatais essenciais para o Brasil, como a Eletrobras e os Correios, e outras pautas foram denunciadas.
“As 500 mil mortes pelo vírus deixam bem claro que o Brasil não tem uma liderança que prioriza a vida. Essas milhares de vidas perdidas para um vírus para o qual já existe vacinas não podem ser esquecidas. Tirar Bolsonaro é urgente!, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.
A mobilização
Logo no início da manhã, centenas de carros se concentram na Praça do Buriti. Enfeitados com bandeiras e adereços diversos, os automóveis seguiram rumo ao Congresso Nacional por volta das 8h30. O percurso atravessou a Esplanada dos Ministérios, passou pela Alameda das Bandeiras e seguiu sentido Rodoviária do Plano Piloto. Na altura do Teatro Nacional, os veículos se dispersaram e muitos dos manifestantes se juntaram à passeata, que já estava sendo organizada no Museu da República.
Por volta das 9h já era possível ter dimensão do tamanho que seria a manifestação contra Bolsonaro. O pátio localizado entre a Biblioteca Nacional e o Museu estava completamente tomado por manifestantes. Cada um, com sua singularidade, transmitia indignação e revolta com o governo da morte.
Organizados, às 10h, os manifestantes seguiram rumo ao Congresso Nacional guiados por um carro de som. Durante todo o ato, a Comissão de Saúde e Distanciamento − composta por organizadores da atividade − orientou quanto ao distanciamento mínimo e ao uso adequado das máscaras. Além disso, álcool e mascaras N95 foram distribuídos aos presentes.
“A gente está aqui hoje porque queremos vacina contra o coronavírus. Chega de tantas mortes, de tanto medo, de tanto descaso. Bolsonaro não prioriza a vida da população, por isso, estamos nas ruas contra seu governo”, disse a estudante a manifestante Alice Brito.
Ao chegar na Alameda das bandeiras, os manifestantes se organizaram em fileiras no gramado da Esplanada. Após as falas de diversas entidades no carro de som, a mobilização seguiu rumo ao Teatro, onde se dispersou. “Essa mobilização gigante, democrática e pacífica foi uma demonstração clara de que a classe trabalhadora quer mudanças. Queremos vacina, emprego, direitos e dignidade para todas e todos. E, para que isso ocorra, não há outro caminho: Bolsonaro precisa cair. A CUT-DF e suas entidades filiadas seguirão em luta pelo Fora Bolsonaro e por um Brasil sem tantas mortes”, afirmou Rodrigues.
As manifestações contra Bolsonaro ocorreram em todo o Brasil. Pelo menos, 400 cidades realizaram atos no país. Veja como foram as manifestações em outros estados.