Patricia R Galvão, paulista de São João da Boa Vista foi uma mulher avançada para sua época e defensora das causas feministas. É considerada a musa dos modernistas após se engajar no movimento antropofágico criado por Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Casados, Oswald e Pagu tornaram-se militantes do Partido Comunista Brasileiro e fundaram juntos o jornal O Homem do Povo. Em 1931, por ordem do ditador Getúlio Vargas, foi presa ao participar como oradora no comício do PC e dos estivadores de Santos. Em 1935 é pega como militante clandestina em Paris e deportada. Presa e torturada fica na cadeia por cinco anos. Em 1940 rompeu com o PCB e assumiu o trotskismo e a redação do periódico Vanguarda Socialista junto com Mario Pedrosa e Edmundo Moniz. Na década de 1950 trabalhou incansavelmente na montagem de peças e formação de atores de teatro. Publicou romances, traduziu grandes autores como James Joyce, Ionesco e Fernando Arrabal, foi desenhista e ilustradora. Pagu foi a primeira mulher brasileira a ser presa e a influenciar fortemente os movimentos artísticos de vanguarda.