Deputadas petistas acompanham de perto a Comissão em andamento no Senado e contribuem para investigações
A CPI da Covid, instaurada no Senado, já completa um mês e as deputadas federais do PT vêm apoiando as investigações desde o princípio. A própria instauração da CPI começou tumultuada por conta de uma medida do STF que exigiu a abertura, a despeito da própria presidência do Senado, comandada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM) que considerava “não ser o melhor momento”.
“Brasil atinge marca trágica de 400 mil mortes (sic). Sem vacinação forte, a pandemia segue alta enquanto a maior parte do mundo volta à normalidade. Que a CPI cumpra seu papel e abra caminho para o impeachment. Não vamos vencer a crise sanitária, econômica e social com o criminoso no governo”, afirmou Gleisi Hoffman, deputada federal (PT/PR) e presidenta do PT, à época.
O PT conta com o senador Humberto Costa (PT/PE) como membro titular e Rogério Carvalho (PT-SE) como suplente. O PT apoiou a iniciativa das senadoras da bancada feminina para garantir a participação das mulheres. Enquanto isso, na Câmara Federal as deputadas federais expressavam seu apoio no empenho por uma investigação que faça justiça às tantas mortes por causa da irresponsabilidade do governo.
“Espero que a CPI do Senado, que investiga a conduta deplorável dos agentes públicos durante a pandemia,seja rigorosa! Inclusive com relação à responsabilidade do #ForaBolsonaro, que muito contribuiu para as mais de 441 mil mortes”, expressou Benedita da Silva, deputada federal do PT pelo Rio de Janeiro.
Não apenas no apoio institucional, as mulheres do PT também contribuíram com material para a cúpula da CPI. Natália Bonavides (PT/RN) entregou ao senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da Comissão, documentos com investigações do próprio mandato para colaborar com o processo.
“Que a CPI avance e responsabilize o governo genocida pelos seus crimes”, reforçou Bonavides.
Maria do Rosário (PT/RS) elucidou a importância da proteção em detrimento das fronteiras internacionais e a necropolítica aplicada pelo governo federal. “Imunização não tem nacionalidade, importa é que proteja. Já há estudos que apontam que Bolsonaro atuou para disseminar o vírus. O Brasil precisa de respostas e responsabilização”, ressaltou a deputada federal. Na mesma linha, Luizianne Lins (PT/CE) apontou a responsabilidade dos ataques de Bolsonaro à China pelo atraso no insumo para produção de vacinas:
“Insumos não vieram da China por ataques ideológicos de Bolsonaro e Guedes. Mais um crime que deve ser alvo da CPI da Covid”, afirmou Rosário.
A correlação entre as mortes por Covid-19 e transferência de renda também foi tema de denúncia de Erika Kokay (PT/DF). Ela apontou o estudo do Senado, entregue à CPI da Covid, em que o número de mortes pela doença quadruplicou em períodos sem auxílio emergencial.
” Bolsonaro e Guedes fizeram o povo se encontrar com a morte para buscar a sobrevivência”, denunciou Kokay.
As vozes das parlamentares na defesa da CPI e por justiça são importantes na formação da opinião pública, no apoio institucional e até na própria contribuição das investigações — explica Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.
“Mulheres em espaços de poder, apoiando iniciativas do Congresso, fazem a sociedade se movimentar no sentido da justiça e da busca pela dignidade humana. É com muito orgulho que vejo a atuação das nossas parlamentares do PT no enfrentamento à pandemia”, concluiu Anne.
Fonte: Elas por Elas