Funcionários ainda não estão inclusos no plano prioritário de vacinação
Ao longo desta quinta-feira (27), bancários de todo país realizam ação nas portas dos bancos e nas redes sociais para dar visibilidade ao que vem acontecendo no setor. Assim como outras categorias, os trabalhadores de bancos não tiveram suas atividades suspensas durante a pandemia do novo coronavírus, mas não foram incluídos na primeira fase do plano de vacinação. Sem a proteção da vacina, eles viram o número de mortes no setor quase triplicar.
O número é do Boletim Emprego em Pauta, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que comparou a quantidade de bancários com carteira assinada que foram desligados de seu trabalho pelo motivo de morte. Nos três primeiros meses de 2020 esse número foi de 55 casos, enquanto no mesmo período em 2021 saltou para 152.
As mortes de trabalhadores de outras as categorias seguem a mesma tendência e cresceram 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021.
Dia de luta
Para pressionar que os trabalhadores de bancos sejam incluídos entre os grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização, os bancários realizam neste 27 de maio um Dia Nacional de Luta, em que também reivindicam a vacinação ampla da população. Em Belo Horizonte, as portas de bancos amanheceram nesta quinta com cartazes por “Vacina Já”.
A categoria bancária questiona o fato de o serviço bancário ter sido considerado essencial, mas os seus trabalhadores não terem sido colocados como “essenciais” também na vacinação.
“A atividade bancária é considerada essencial desde o começo da pandemia. No atendimento à população, bancárias e bancários estão se expondo diariamente ao vírus”, questionou o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região em seu perfil nas redes sociais.
A mobilização é puxada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única de Trabalhadores (CUT) e por sindicatos bancários estaduais.
Fonte: BdF Minas Gerais