O ex-presidente participou nesta segunda-feira da cerimônia de filiação do ex-deputado federal Jean Wyllys ao PT: “é um alento, meu caro companheiro, poder contar com sua força nessa nossa difícil tarefa de remover camadas e mais camadas de ódio”
Em cerimônia de filiação do ex-deputado federal pelo PSOL Jean Wyllys ao PT nesta segunda-feira (24), o ex-presidente Lula saudou a chegada do novo companheiro de partido: “é um momento grande”. A solenidade contou também com a participação da ex-presidente Dilma Rousseff.
“É um momento auspicioso para a história de 40 anos do nosso partido. Por isso, meu querido companheiro, é com grane orgulho e alegria que recebemos hoje sua filiação a esse partido que ousamos fundar em plena ditadura nos anos 80. O partido dos trabalhdores e trabalhadoras, dos intelectuais, do povo negro, do povo ídnio, do povo LGBT, dos artistas, das mulheres, dos sem terra e sem teto, dos oprimidos e dos sonhadores. Afinal, um partido do povo brasileiro”, afirmou.
Segundo Lula, o momento agora é de derrotar o fascismo do governo Jair Bolsonaro, que não se comove nem diante da morte de mais de 440 mil brasileiros pela Covid-19. “É um alento, meu caro companheiro Jean Wyllys, poder contar com sua força nessa nossa difícil tarefa de remover camadas e mais camadas de ódio”, disse o ex-presidente.
“Sua chegada ao PT coincide com outra luta histórica. Agora é urgente, imprescindível derrotar o fascismo que se instalou no nosso país. Esse regime do ódio e da mentira, da negação da ciência, da arte, da cultura, do desemprego, da fome da acumulação de riquezas nas mãos de poucos, do culto às armas e da violação dos direitos humanos. Agora, é preciso reconstruir e transformar o Brasil, varrer para o lixo da história esses que não se comovem sequer diante da morte de 440 mil brasileiros, que deixam o Brasil sufocar por falta de oxigênio, que veem com indiferença pessoas morrendo nas filas das UTIs porque eles se recusaram a comprar vacinas. Arrancar todo esse ódio com nossas próprias mão, até sangrarem os dedos se preciso for, para, debaixo deles, reencontrarmos o amor e o respeito pela vida, que durante muito tempo foram marcas desse país”.