O governo federal formalizou uma contraproposta à farmacêutica Pfizer, para obtenção de vacinas contra a Covid-19, apenas em dezembro do ano passado, mostram e-mails entregues à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a primeira contraproposta foi apresentada em 4 de dezembro. O ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello alegou à CPI da Covid-19, no entanto, que “as discussões com a Pfizer foram abertas o tempo todo”, com telefonemas e trocas de e-mails.
Na ocasião, a farmacêutica já havia apresentado ao menos três propostas ao governo.
Em depoimento à comissão, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, confirmou que o governo federal recusou, ao todo, seis ofertas — cinco delas oferecidas entre agosto e novembro de 2020.
A primeira oferta da farmacêutica foi feita em 14 de agosto, quando a empresa apresentou contrato de 30 milhões de doses e um outro de 70 milhões.
Em e-mail enviado em 2 de dezembro, Murillo reclama de não ter conseguido contato com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco.
“Deixamos inúmeras mensagens em seu gabinete e também reforçamos o pedido por e-mail. Como ainda não tivemos retorno, gostaria de comentar alguns pontos relacionados ao tema”, assinalou, segundo registro da Folha de S. Paulo.
Murillo também pediu que o governo os comunicasse caso não aceitasse a proposta para, assim, liberar as doses a outros países da América Latina.
Fonte: Metrópoles
