Na Colômbia, população reage nas ruas à exploração neoliberal

As manifestações na Colômbia começaram a greve geral no dia 28 de abril contra projeto do governo para aumentar impostos no país, que atinge especialmente os mais pobres

A Colômbia viveu ontem uma nova onda de protestos contra o governo de Ivan Duque, sob intensa violência policial contra os manifestantes na capital, Bogotá, e em várias regiões do país. A polícia e o Exército voltaram a efetuar disparos desde motos e viaturas atingindo centenas de populares.

Até o momento, foram registrados 1.708 casos de violência policial, segundo  a Plataforma Grita. De acordo com a Ong Temblores, a violência policia já resultou em 37 mortes. Diante disso, entidades pediram a presença no país de organismos internacionais de direitos humanos.

As manifestações na Colômbia começaram a greve geral no dia 28 de abril contra projeto do governo para aumentar impostos no país, que atinge especialmente os mais pobres. Frente a explosão social, o governo retirou a propostas, mas os protestos prosseguiram exigindo medidas econômicas e sociais para combater à pandemia.

As manifestações também passaram a cobrar o fim da repressão policial que se intensificou ao longo da semana. “Basicamente isto é uma caçada”, diz Luna Giraldo Gallego, estudante universitária da cidade de Manizales, citada pelo jornal El País, em matéria sobre a repressão durante a noite da última segunda-feira, 3.

A repressão do Estado contra as manifestações populares está provocando a reação mundial, incluindo lideranças, personalidades e instituições. “O repúdio às ações policiais e em defesa da liberdade de manifestação repercutiram na América Latina, Caribe, Estados Unidos e Europa. Países como França, Chile, Costa Rica, Uruguai, Cuba, Espanha, Austrália e Reino Unido rechaçaram a violência governamental.

O Partido dos Trabalhadores manifestou solidariedade ao povo colombiano. Para o PT,  é lamentável que “ainda tenham governos que busquem a saída no receituário neoliberal, que impõe aos setores desfavorecidos o ônus pela retomada do crescimento econômico”.

Assinada pela presidenta do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), e pelo secretário de Relações Internacionais, Romenio Pereira, a nota do PT exorta “que sejam respeitados os direitos humanos e a liberdade de manifestação”.


PT

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