Diante dos desafios colocados pela conjuntura política, tanto no âmbito nacional quanto local, o Diretório Regional no Distrito Federal do Partido dos Trabalhadores decide aprovar um conjunto de ações políticas e de organização partidária para os próximos meses:
O PT INTENSIFICARÁ A OPOSIÇÃO AO GOVERNO IBANEIS
1. O Diretório Regional decide que a principal tarefa do PT/DF, no próximo período, é fazer uma oposição firme a Ibaneis, que se tornou o principal representante da extrema direita no DF. Isso não será feito sem dificuldades. A mídia local, como sempre, nega qualquer visibilidade ao partido. De maneira imediata a luta tem que ser por:
• Vacina para todos, já! Exigindo-se que o GDF entre na briga pela compra de vacinas e apresente um plano amplo e emergencial de vacinação.
• Auxílio emergencial já! Que o DF continue pagando um Auxílio Emergencial local para complementar a renda das famílias do DF.
2. Ajuda para as pequenas e micro empresas, para que elas não quebrem, produzindo ainda mais desemprego.
3. O Diretório Regional orienta as suas bancadas parlamentares a intensificarem as ações de oposição e enfrentamento ao governo Ibaneis, buscando denunciar e combater todas as suas políticas anti-populares e, especialmente, o caráter corrupto do governo.
O PT/DF UNIFICARÁ O COMBATE AO GOVERNO BOLSONARO COM O COMBATE AO GOVERNO IBANEIS
4. O PT/DF manterá firmes as suas atividades de combate ao governo Bolsonaro. O Diretório Regional orienta todas as direções zonas e todos os setoriais a intensificarem estas atividades chamando todo o conjunto do Partido para se engajar neste processo. É fundamental que o combate ao governo Bolsonaro seja feito ao mesmo tempo com o combate ao governo Ibaneis, pelas suas semelhanças. O PT/DF TRABALHARÁ PARA CONSTRUIR A UNIDADE POPULAR E DOS PARTIDOS DE ESQUERDA NA LUTA CONTRA OS GOVERNOS BOLSONARO E IBANEIS
5. O PT intensificará as suas ações para construir na prática a unidade com as forças populares e com os partidos de esquerda para combater e derrotar eleitoralmente os governos de Bolsonaro e Ibaneis. Neste sentido, continuará com as articulações com as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e com as demais entidades do campo popular para promover ações conjuntas neste sentido. ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO PARTIDO PARA O PRÓXIMO PERÍODO
6. A força do PT está na consciência política e na capilaridade de sua militância, filiadas e filiados. É preciso organizar as militantes e os militantes para que cobrem ações nas áreas em que o governo Ibaneis é mais ausente e denunciem os problemas do DF.
7. Com base nisso, o PT-DF preparará o Partido para as eleições de 2022 no Distrito Federal. Um de seus objetivos será fazer um esforço para construir uma unidade política de combate à extrema direita que reúna o campo democrático e popular nos partidos progressistas e movimentos sociais. ELEIÇÕES MAJORITÁRIAS
8. As eleições de 2022 serão cruciais para o futuro do nosso país. O Brasil não resiste a mais 4 anos do governo de extrema-direita em que a destruição das políticas públicas se une à agenda autoritária. No DF, é preciso derrotar o seu mais fiel representante: Ibaneis Rocha, assim como a alternativa da centrodireita representada por Izalci Lucas, também aliado de Jair Bolsonaro.
9. Nesse momento, é preciso dar início à preparação da nossa estratégia eleitoral. E uma das prioridades, como definida no 7° Encontro Regional do Partido, será construir um amplo diálogo com partidos políticos do campo popular, sindicatos, movimento popular e outros movimentos sociais.
10. Reconhecemos que para traçarmos uma tática eleitoral local, precisamos levar em conta a tática nacional do PT e, em especial, a luta pela liberdade plena e recuperação dos direitos políticos do companheiro Lula. Por outro lado, não podemos entrar atrasados no processo eleitoral, como aconteceu em 2018.
11. Portanto, o PT/DF acompanhará junto à Direção Nacional do Partido os desdobramentos da conjuntura política nacional e as decisões e orientações sobre a tática eleitoral para o próximo ano.
12. O PT/DF começará a trabalhar para formar uma frente partidária e política de esquerda para o enfrentamento ao governo Ibaneis e que tenha como perspectiva a disputa das eleições de 2022.
13. O PT/DF reconhecendo a importância destes partidos na luta contra o projeto autoritário da extrema-direita, buscará um diálogo sobre alternativas eleitorais que incluam lideranças e candidaturas de todos os partidos deste campo, reconhecendo a legitimidade de apresentarem e analisarem conjuntamente nomes para as candidaturas majoritárias.
14. Da mesma forma, entendendo a sua importância e história política no Distrito Federal, o PT poderá apresentar lideranças petistas para disputar de forma competitiva qualquer posição em uma futura chapa majoritária.
15. O foco interno da estratégia eleitoral, neste momento, será a produção de um programa político para o Distrito Federal que possa ser apresentado para a população e para as organizações políticas e os movimentos sociais do campo popular, articulado com o Projeto de Reconstrução e Transformação do Brasil que o PT lançou no ano passado.
ELEIÇÕES PROPORCIONAIS
16. A presença do PT nas Câmaras distrital e federal e no Senado sempre foi parte fundamental da intervenção política do partido. Nossas bancadas são muito importantes para ajudar a construir um futuro melhor para o país e o DF. Para isso, elas precisam representar as ideias do partido e das forças populares que ele representa. Isso se tornou ainda mais importante diante da reforma política e do fim das coligações proporcionais e com a existência da cláusula de barreira.
17. A chapa proporcional deve ser resultado de uma estratégia eleitoral e política do Partido como um todo e não apenas de iniciativas individuais ou de correntes políticas. A direção do PT planejará desde já para lançar chapas representativas e competitivas.
ENCAMINHAMENTOS PRÁTICOS
18. O Diretório Regional decide formar uma comissão para dialogar com os demais partidos e lideranças políticas da cidade. Esta Comissão será composta por nomes indicados na próxima reunião CER (Comissão Executiva Regional).
19. O Diretório Regional decide formar uma comissão interna para elaborar uma proposta de tática, dialogar e preparar as nossas chapas proporcionais. Esta Comissão será composta por nomes indicados na próxima reunião
20. O Diretório Regional decide que a Comissão Executiva Regional deverá organizar a forma de elaborar um projeto de Programa de Governo do PT para o DF, usando como experiência os NEPP da Fundação Perseu Abramo e da Direção Nacional do Partido, os trabalhos e as estruturas do Projeto Sinergia Petista, Planejamento, Observatório. Este encaminhamento deverá ser adotado até o final do mês de março.
21. Tendo em vista a necessidade de recompor direções zonais que enfrentam dificuldades em manter seu funcionamento regular, os diretórios zonais do PT ficam autorizados a recompor suas direções até o dia 30 de abril, sendo que a proporcionalidade deverá observar as votações de cada chapa no PED 2019 e as definições de paridade e cotas raciais e geracional. Os substitutos não precisam, necessariamente, ter feito parte de qualquer chapa, mas estar em dia com situação financeira
22. O Diretório Regional decide adotar imediatamente uma política em conjunto com os Diretórios Zonais de inserção do PT nas cidades do DF para estabelecer diálogos com a população de todas as regiões, de todos os setores econômicos, sociais, etc… Esta política será coordenada diretamente pelo Presidente do Partido e deverá contar com a ajuda de toda a direção partidária.
23. O Diretório Regional decide convocar para o final do mês de junho uma atividade partidária coletiva que poderá ser uma reunião ampliada do Diretório Regional ou uma Conferência Eleitoral para que o PT aprofunde o debate interno para formular a sua tática eleitoral para 2022. Esta atividade deverá ser precedida de atividades em todas as cidades e com todos os setoriais e secretarias temáticas do Partido. E precedida de um calendário de discussões no Diretório Regional.
RESOLUÇÃO DO DIRETÓRIO REGIONAL
