UFMG desenvolve primeira vacina brasileira contra COVID-19

Diariamente, nós acompanhamos a situação das vacinas contra a COVID-19, com biofarmacêuticas de vários países, como EUA, China, Inglaterra e Rússia desenvolvendo seus imunizantes. Apesar das parcerias, o Brasil ainda não tinha desenvolvido sua própria vacina. Até agora. O primeiro imunizante nacional contra a covid-19 está sendo desenvolvido pelo Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A expectativa é que o Brasil tenha uma vacina nacional contra a COVID-19 em 2022. Participam do projeto a UFMG, o governo de Minas Gerais e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mas outros parceiros poderão participar do projeto, como a Fundação Ezequiel Dias (Funed), que tem uma fábrica para produção de vacinas.

A equipe está se preparando para lançar estudos clínicos, mas ainda não se sabe exatamente qual vai ser a composição do imunizante. Para definir isso, serão feitos testes de toxigenicidade. Os envolvidos com o projeto contam, em entrevista à Agência Brasil, que primeiro será preparado um lote piloto para testagem em animais, e que servirá também para humanos. A formulação contempla o teste clínico de segurança, inicialmente, imunogenicidade, e, depois, o teste de proteção. Se houver investimentos, os testes em humanos podem ser realizados ainda este ano.

A fase inicial do projeto gastou R$ 5 milhões. A estimativa de investimento necessário para as fases 1 e 2 é de R$ 15 a 30 milhões. Já na etapa clínica, R$ 100 milhões. O CT-Vacinas está construindo um processo do início ao fim, e a equipe do já dominou as diferentes plataformas para produção de vacinas em vetores virais, o que não significa que em uma única vacina serão usados todos esses vetores ou uma combinação deles. Vale observar que, mesmo a partir da produção da primeira vacina nacional, o indicativo é que serão necessárias duas doses para imunização da população.

“O Brasil tem competência para fazer isso. Precisa é colocar os elos da cadeia conectados”, disse a professora Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT-Vacinas. “É uma vacina muito mais fácil de ser produzida, porque o sistema de produção dela não tem a complexidade, por exemplo, de uma Coronavac”.

Fonte: Agência Brasil

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