A administração Biden começou o processo de revisão da política sobre o futuro da prisão na Baía de Guantánamo a fim de fechar o estabelecimento, informa a revista Washington Examiner, citando a representante oficial do Conselho de Segurança Nacional, Emily Horne.
“Nós no Conselho de Segurança Nacional estamos avaliando a situação atual que a administração Biden herdou da administração anterior, conforme nosso objetivo mais geral de fechar Guantánamo”, anunciou a representante, citada pela Washington Examiner.
Segundo ela, primeiro deve se preencher uma série de cargos políticos fundamentais nas organizações responsáveis pela segurança nacional, incluindo os departamentos de Defesa, de Estado e de Justiça, antes de se poder alcançar progresso no fechamento do estabelecimento.
Por sua vez, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, declarou nesta sexta-feira (12) que o fechamento do centro de detenção é “certamente nosso objetivo e nossa intenção”.
A prisão para terroristas internacionais na base militar Baía de Guantánamo, na ilha de Cuba, foi fundada após os atentados terroristas de 11 de dezembro de 2001. Antes, representantes de várias organizações internacionais, incluindo a ONU e a OSCE, instaram a nova administração dos EUA a fechar imediatamente a prisão por muitos prisioneiros estarem lá sem acusação nem julgamento e serem sujeitos a torturas.
O ex-presidente Barack Obama assinou um decreto presidencial para fechar Guantánamo há mais de dez anos, mas a tentativa não foi bem-sucedida, uma vez que o Congresso se recusou a financiar o fechamento da prisão. Donald Trump, após se tornar o novo presidente, cancelou formalmente o decreto do predecessor.
No total, 775 prisioneiros estiveram detidos em Guantánamo, a maioria dos quais nunca foram julgados por um tribunal. Neste momento, na base militar norte-americana há cerca de 40 detentos e ela já não recebe novos prisioneiros.