Já é um acinte existirem testes privados para diagnóstico de Covid-19. Estamos em meio a uma catástrofe sanitária que envolve potencialmente toda a população. Não pode haver comercialização de um instrumento utilizado para se aferir o desenvolvimento da doença.
Não bastasse isso, vem a segunda etapa: a imunização deixa de ser política pública – e portanto direito – e passa a ser decisão de grandes empresas privadas.
A história de que as corporações querem imunizar seus funcionários e efetuarem uma “doação” ao Estado é lorota. Agora, os grupos de ricos – e não os grupos de risco – poderão furar a fila, sob a alegação de terem comprado o medicamento.
Se o empresariado – que em sua maioria apoia Bolsonaro – quer fazer alguma boa ação, que compre as vacinas e doe a totalidade ao Estado. Caso isso não aconteça, é obrigação do poder público confiscar as doses importadas e distribuí-las nacionalmente via SUS.