O Dia Nacional da Parteira é comemorado no dia 20 de janeiro em todo país para exaltar a importância dessa profissão que é considerada uma das mais antigas do mundo. Fundamental na assistência da saúde das mulheres, elas são estimadas em 60 mil no Brasil, atendendo cerca de 450 mil partos por ano.
Embora sua popularidade tenha diminuído, elas ainda são responsáveis por 20% dos nascimentos na área rural, percentual que chega a dobrar nas regiões Norte e Nordeste. Internacionalmente reconhecida, a parteira contribui para o milagre da vida e o bem-estar de mulheres e crianças!
Dia Nacional da Parteira ressalta tradição popular e cultural
Representando a figura feminina que fornece calma e conhecimento à futura mamãe, o ofício surgiu em pequenas aldeias e povoados, quando os hospitais eram muito longe ou não eram acessíveis à população.
Atualmente, existem três tipos dessas profissionais de assistência ao parto: as parteiras tradicionais, sem formação superior e que geralmente atuam em regiões rurais; as obstetrizes, formadas em Obstetrícia, e as Enfermeiras Obstetras, formadas em Enfermagem com pós graduação em Obstetrícia.
Vale reforçar que as parteiras urbanas ou contemporâneas são profissionais qualificadas, diferentemente das parteiras de antigamente, que tinham um conhecimento passado de geração em geração.
E homem? Ele também pode ser parteiro? Claro! Apesar de a imensa maioria ser de mulheres, alguns homens também seguiram este caminho e trabalham juntos às gestantes apoiando o nascimento e o parto.
Dia Nacional da Parteira e a diminuição da mortalidade
O Dia Nacional da Parteira nos recorda pesquisas científicas e orientações da OMS que incentivaram a formação e atuação de parteiras com a finalidade de diminuir a mortalidade neonatal e materna em todo o mundo. Além disso, elas são essenciais para combater a indústria de cesáreas e a violência obstétrica.
Você sabia que a OMS recomenda que, no máximo, 15% dos partos sejam por cesáreas? No entanto, as estatísticas mostram que essa recomendação não é cumprida no Brasil. Na cidade de São Paulo, por exemplo, mais de 50% dos partos são cesarianas. Na rede privada esse índice sobe para 80%.
Até o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) destacou que o trabalho das parteiras pode evitar cerca de dois terços de todas as mortes maternas e entre recém-nascidos registradas no mundo.
Parto em casa: como funciona?
Quando a mãe decide junto de sua família que o parto será feito em casa, a relação com a parteira vai se estabelecendo desde os primeiros meses de gravidez, com o objetivo de se conhecerem e definirem o plano de parto ideal.
Quando a futura mãe sente as primeiras contrações, ela costuma se comunicar com a parteira, que vai de encontro à gestante, ajudando na respiração e relaxamento para que o nascimento se cumpra com as condições ideais.
Além do acompanhamento no pós-parto e uma avaliação inicial do bebê, a parteira costuma acompanhar o crescimento, auxiliar no aleitamento materno e dar orientações gerais à mãe.
Qual é a diferença entre parteira e doula?
A maioria das mulheres está familiarizada com o ginecologista/obstetra, mas nem todas sabem a diferença entre a parteira e a doula. Basicamente a distinção entre as duas está no conhecimento técnico. A doula é voltada para um conhecimento psíquico, além de saber sobre a fisiologia do parto para dar apoio emocional e físico.
Mesmo assim, ela não tem responsabilidade técnica sobre o parto, como escutar o batimento cardíaco do bebê, observar sangramentos, etc. Existe sim uma conexão entre o trabalho da doula e parteira, mas uma não substitui a outra!
O papel da doula
A doula deve orientar durante a gestação, parto e pós parto, contribuindo para que a mulher possa resgatar e fortalecer sua confiança no processo natural de parir. Durante o parto, as doulas ajudam com medidas de conforto, como respiração, massagem, relaxamento e posicionamento. Entre as vantagens de ter uma doula estão:
- Redução do trabalho de parto;
- Diminuição da possibilidade de cesárea e necessidade de medicação para a dor;
- Participação dos pais com confiança;
- Redução dos pedidos e usos de analgesia;
- Aumento do sucesso na amamentação e vínculo entre a mãe e o bebê.
- Para desempenhar a função, a pessoa deve ser maior de 18 anos, ter o ensino médio completo e um curso na área. O Ministério da Saúde considera que, assim como a parteira, a participação da doula é mais um instrumento humanizador para que as mulheres tenham experiências mais tranquilas e satisfatórias nesse momento tão importante!
Via Blog Grão de Gente